POR DANIEL CARVALHO
O Estado de S. Paulo
Diante da possibilidade de ser
expulso de seu partido, o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão
(PP-MA), recuou no final da noite de segunda-feira, 09, e revogou sua decisão
de anular as sessões que definiram o seguimento do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. A reviravolta já deve ser publicada no Diário
Oficial da Casa desta terça-feira, 10.
Aliados do presidente afastado
da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgaram duas versões do documento, uma
delas endereçada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A
veracidade dos documentos foi confirmada pela Câmara e pela assessoria de Maranhão.
Mais cedo, Renan já havia
decidido ignorar a decisão de Maranhão e confirmou para esta quarta-feira, 11,
a votação do processo em plenário.
Maranhão não foi localizado na
madrugada desta terça-feira, 10, para justificar sua mudança de postura. Mais
cedo, na tarde de ontem, o presidente interino fez um breve pronunciamento para
justificar sua decisão de anular as sessões.
“Nossa decisão foi com base na
Constituição, com base no nosso regimento, para que nós possamos corrigir em
tempo vícios que certamente poderão ser insanáveis no futuro”, afirmou Maranhão
para justificar a anulação. “Nós não estamos e nem estaremos, em momento algum,
brincando de fazer democracia”, disse horas antes do recuo.
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