O diretor do Hospital de Urgências de
Teresina (HUT), Gilberto Albuquerque, informou que uma das garotas
violentadas em Castelo (a 190 km de Teresina) será transferida para o
Hospital São Marcos. A garota de 16 anos é a única
que está consciente. Ela teve uma pancada na cabeça, escoriações e
contusões por todo o corpo. A menina é uma das quatro adolescentes que
foram espancadas e estupradas na tarde de ontem na cidade, supostamente
por cinco jovens, sendo quatro menores no Morro do Garrote, no bairro
Vila Nova. A transferência da paciente foi por volta das 13h.
Segundo o diretor do Hospital, é a única
que está com o quadro clínico mais estável. Gilberto Albuquerque disse
que todas elas estão com politraumatismos e duas delas estão com risco
de morte.
As
duas garotas de 17 anos são as que estão em estado mais grave. Uma teve
traumatismo craniano, passou por cirurgia e está na Unidade de Terapia
Intensiva (UTI).
Já a outra teve lesões na cervical e
múltiplas escoriações pelo corpo e continua inconsciente. De acordo com
Gilberto Albuquerque, uma parte do rosto dela esta desfigurada e vai
aguardar mais um pouco para ver se fará outra cirurgia. Ela está na semi
UTI.
Uma quarta adolescente, de 15 anos, está
com múltiplas lesões e está medicada com analgesia potente (medicamento
com base de anestesia que deixa o paciente em estado desacordado). Ela
está com um acompanhamento psicológico, em um local isolado da clínica
de atendimento intermediária, porque está com sintomas de pânico.
Há
relatos que foram jogadas de um barranco de sete metros. “Possivelmente
a garota que está com lesão cervical pode ter sofrido uma tentativa de
estrangulamento e outra está com lesões do pulso indicando que ela foi
amarrada”, disse Gilberto, que afirma que por volta das 11 horas os
médicos vão se reunir para divulgar um novo boletim.
Uma equipe da Maternidade Evangelina
Rosa chegou ao HUT para fazer exame nas garotas para constatar a
violência sexual. Também quem está no hospital é a vice-governadora
Margarete Coelho (PP) para acompanhar os familiares e se solidarizar.
Colhido material genético
O
diretor do Departamento Técnico de Criminalística, Antônio Nunes, disse
que foram feitos exames de corpo de delito e recolhidos materiais
genéticos das quatro adolescentes.
Segundo Antônio Nunes, é preciso
analisar os materiais coletados nas unhas, vaginas e outras partes do
corpo das vítimas para confirmar ou não as duas versões levantadas de
estupro e tentativa de homicídios.
“Vamos fazer exames genéticos para
confirmar ou não aquilo que se tem até o momento. Pelos exames feitos
constatamos que foram lesões contundentes, mas só com ela não é possível
dizer quais os objetos foram usados. A perícia criminal foi ao local do
crime e lá podem encontrar algum objeto que possa ter sido utilizado,
mas ainda não tenho essa informação”, disse o diretor do Instituto de
Criminalística.
Ele afirma, no entanto, que as garotas
estão bastante machucadas. “São várias lesões contundentes em vários
pontos do corpo que podem ter sido provocadas por pedra, paus,
arrastando, jogadas de batendo com a cabeça, mas é difícil dizer só com
esse exame, temos que juntar às provas”, afirmou Antônio Nunes.
NOTA DO GOVERNO – CASO CASTELO DO PIAUÍ
O Governo do Estado do Piauí lamenta e
se solidariza com as famílias e as vítimas desse trágico crime no
município de Castelo do Piauí. Assim como todos os piauienses, estamos
chocados e desejamos a devida punição ao responsáveis o mais rápido
possível.
Assim que tomou conhecimento do crime,
a Polícia Militar iniciou a perseguição aos suspeitos. Além do
Grupamento da Polícia Militar de Castelo, foram deslocados para a cidade
três outras equipes, além do Gerente de Policiamento do Interior,
delegado Willame Moraes para dar apoio ao trabalho do delegado regional,
Laércio Evangelista.
Nós da gestão estadual daremos todo o
apoio necessário às famílias e colocaremos todo o empenho da polícia na
resolução do crime e prisão de todos os envolvidos.
Wellington Dias
Governador do Estado do Piauí
Margarete Coelho
Vice-governadora do Estado do Piauí
Redação Caroline Oliveira, Cidade Verde