Romero Jucá é o mais enrolado e
Geddel Vieira Lima e Henrique Alves ganharão foro privilegiado; outros quatro
constam na lista da Odebrecht
por Redação
Carta Capital
Romero Jucá admitiu que pediu
dinheiro a Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia
Além do presidente da República
interino, Michel Temer (PMDB), ao menos sete ministros do novo governo tiveram
seus nomes citados nas investigações da Operação Lava Jato.
O peemedebista - que assume o
cargo até o julgamento de Dilma Rousseff pelo Senado, o que pode demorar até
180 dias - é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção que são alvo
da força-tarefa.
Veja, abaixo, o que pesa contra
os ministros:
Romero
Jucá (PMDB-RR) - Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
O senador Romero Jucá, que vai
assumir o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, está na lista
de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) no início de 2015.
Jucá foi citado por delatores
como beneficiário de um esquema de desvio na estatal. Em depoimento à Polícia
Federal em fevereiro deste ano, o senador admitiu que pediu a Ricardo Pessoa,
da UTC Engenharia, doações para a campanha de seu filho, Rodrigo Jucá (PMDB),
que foi candidato a vice-governador de Roraima.
Em depoimento de delação
premiada, Pessoa afirmou ter dado R$ 1,5 milhão ao PMDB de Roraima, em 2014. O
empreiteiro disse, ainda, que entendeu que o pagamento estava relacionado à
contratação da UTC, pela Eletronuclear, para obras da usina nuclear de Angra 3.
Romero Jucá nega e atribui a doação ao “trabalho que desempenha como senador”.
Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA) - Secretaria de Governo
Mensagens apreendidas pela
Operação Lava Jato sugerem que o ex-ministro de Lula, ex-vice-presidente de
Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-deputado federal Geddel Vieira
Lima usou sua influência para atuar em favor dos interesses da construtora OAS.
Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN) – Turismo
Ministro do Turismo do governo
Dilma, Alves volta à pasta menos de dois meses depois de deixar o cargo. O
peemedebista é suspeito de receber propina do dono da OAS, Léo Pinheiro, em
troca de favores no Legislativo.
A investigação é baseada em
mensagens apreendidas no celular de Pinheiro. Em algumas delas, o presidente
afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobra Pinheiro por doações à
campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte. Para Janot, os pagamentos
são, na verdade, propina.
Mendonça
Filho, Raul Jungmann, Bruno Araújo e Ricardo Barros
Os deputados Mendonça Filho
(DEM-PE), Raul Jungmann (PPS-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Ricardo Barros
(PP-PR), que vão assumir os ministérios da Educação, Defesa, Cidades e Saúde,
respectivamente, são citados na famigerada lista da Odebrecht apreendida pela
Polícia Federal na sede da construtora, em março, durante a 23ª fase da Lava
Jato.
A lista foi tornada pública e
depois colocada sob sigilo, mas os investigadores ainda não sabem se os nomes
que constam nela receberam doações legais, ilegais envolvendo recebimento de
propina ou dinheiro de caixa dois.
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