Cantor estava internado há uma semana com quadro de pneumonia.
Corpo deve ser velado às 9h na Assembleia Legislativa de SP.
Do G1, em São Paulo
O cantor Cauby Peixoto
morreu na noite deste domingo (15), aos 85 anos, em São Paulo. O
fã-clube oficial do cantor informou que a morte foi por volta das 23h50.
O artista estava internado devido a uma pneumonia, desde o dia 9 de
maio, no Hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, na Zona Sul de São
Paulo.
O corpo do cantor deve ser velado na Assembleia Legislativa de São Paulo,
no Ibirapuera, na Zona Sul da capital, a partir das 9h desta
segunda-feira (16). O enterro será no Cemitério Congonhas. O horário
ainda não foi informado.
Alguns amigos do artista disseram que, em 9 de abril, Cauby Peixoto tinha um show marcado em Vila Velha, Espírito Santo, mas o espetáculo foi adiado porque o artista se sentiu mal.
Neste ano, o cantor estava em turnê pelo Brasil com a cantora Angela
Maria e se apresentou ao lado dela no dia 3 de maio, no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro. Na ocasião, Rafael Cortez, repórter do
Vídeo Show, entrevistou o cantor. Assista aqui.
A turnê comemorava os 60 anos da carreira de cada um dos artistas. No
repertório estavam sucessos como “Vida da bailarina”, “Cinderela”,
“Gente humilde”, “Bastidores”, “Babalu” e “Conceição”.
Carreira
Carreira
Nascido em Niterói (RJ) em 1931, Cauby Peixoto Barros iniciou a carreira no início da década de 1950 se apresentando em programas de calouros como a "Hora dos comerciários", na Rádio Tupi. Gravou o primeiro disco pelo selo Carnaval em 1951, com o samba "Saia branca", de Geraldo Medeiros e a marcha "Ai, que carestia!", de Victor Simon e Liz Monteiro.
Em 1952, transferiu-se para São Paulo onde cantou nas boates Oásis e Arpége, além de apresentar-se na Rádio Excelsior.
Sua capacidade de interpretar canções em inglês impressionou o futuro empresário Di Veras, que lhe criou aos poucos uma estratégia de marketing que incluía a maneira de se trajar, o repertório e atitudes nos palcos.
Sua capacidade de interpretar canções em inglês impressionou o futuro empresário Di Veras, que lhe criou aos poucos uma estratégia de marketing que incluía a maneira de se trajar, o repertório e atitudes nos palcos.
Fã-clube de Cauby lamentou a morte pelas redes sociais (Foto: Reprodução/ Facebook) |
Em 1953, gravou dois discos pelo selo Todamérica, com os sambas-canção
"Tudo lembra você", de Marvel, Strachey, Link e Mário Donato; "O teu
beijo", de Sílvio Donato, e "Ando sozinho", de R. G. de Melo Pinto e
Hélio Ramos, além da toada-baião "Aula de amor", de Poly e José
Caravaggi, com acompanhamento de Poly e seu conjunto.
Ainda naquele ano, assinou contrato com a gravadora Columbia, na qual estreou no ano seguinte com o samba "Palácio de pobre", de Alfredo Borba e José Saccomani, e a marcha "Criado mudo", de Alfredo Borba. Em seguida, fez sucesso com o slow-fox "Blue gardênia", de B. Russel e L. Lee, com versão de Antônio Carlos, música tema do filme de Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato.
Não demorou muito para o cantor se transformar em ídolo do rádio. Entrou para o elenco da Rádio Nacional e dois anos depois, já era o cantor mais famoso do rádio, substituindo o fenômeno Orlando Silva de 20 anos antes e passando a ser perseguido pelas fãs em qualquer lugar onde estivesse.
Ainda naquele ano, assinou contrato com a gravadora Columbia, na qual estreou no ano seguinte com o samba "Palácio de pobre", de Alfredo Borba e José Saccomani, e a marcha "Criado mudo", de Alfredo Borba. Em seguida, fez sucesso com o slow-fox "Blue gardênia", de B. Russel e L. Lee, com versão de Antônio Carlos, música tema do filme de Hollywood de igual título, que lhe abriu as portas para o estrelato.
Não demorou muito para o cantor se transformar em ídolo do rádio. Entrou para o elenco da Rádio Nacional e dois anos depois, já era o cantor mais famoso do rádio, substituindo o fenômeno Orlando Silva de 20 anos antes e passando a ser perseguido pelas fãs em qualquer lugar onde estivesse.
Cauby Peixoto participa da 56ª cerimônia de entrega dos prêmios dos Melhores da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), no SESC Pinheiros, em São Paulo. Na ocasião, ele foi homenageado com o Grande Prêmio da Crítica, pelo conjunto da obra (Foto: Patrícia Cruz/AGP/Estadão Conteúdo/Arquivo) |
Muitas vezes, chegava a ter suas roupas rasgadas pelas admiradoras mais
veementes. Ainda em 1954, gravou também os sambas-canção "Só desejo
você", de Di Veras e Osmar Campos Filho, e "Triste melodia", de
Chocolate e Di Veras, e a marcha "Daqui para a eternidade", de R. Wells,
F. Karger e Lourival Faissal.
Em 1955, lançou "Blue gardênia", seu primeiro LP no qual interpretou
entre outras, a música título; "Triste melodia", de Di Veras e
Chocolate; "Um sorriso e um olhar", de Di Veras e Carlos Lima; "Sem
porém nem porque", de Renato César e Nazareno de Brito e "Final de
amor", de Cidinho e Haroldo Barbosa.
Ainda em 1955, foi escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso, da
coluna "Discos populares" no jornal "O Globo", como o "melhor cantor do
ano" recebendo como prêmio um "disco de ouro", que foi entregue em
cerimônia no Golden Room do Copacabana Palace.
Em meados dos anos 1950, fez excursões aos Estados Unidos,
onde gravou várias faixas com o nome Ron Coby, tentando uma carreira
internacional que acabou não acontecendo, apesar de ter gravado com um
dos grandes maestros da época, Percy Faith.
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