O
Maranhão, que reconhecidamente possui os piores indicadores
socioeconômicos do País, também é atrasado politicamente. Sofre há 50
(cinquenta) anos com o engessamento do poder nas mãos do grupo político
que domina o Estado e em razão da falta de uma necessária alternância
política acabou se tornando um Estado atrasado em todos os sentidos, até
mesmo de novos líderes.
Mas essa realidade começou a mudar em
2006, com um movimento realizado pelo então Juiz Federal, que abandou um
dos cargos de maior prestígio e remuneração do Brasil, para se lançar
na Política. Com uma mistura de desconfiança por não saber o que levaria
uma pessoa desistir de um cargo tão importante e com pouca repercussão
na imprensa, Flávio Dino filiou-se ao PCdoB e conseguiu se eleger
Deputado Federal com mais de 120 mil votos logo na sua primeira eleição.
Com uma atuação destacada no Congresso
Nacional, Flávio Dino concorreu em 2008 à prefeitura de São Luís, vindo a
ser derrotado pelo atual prefeito João Castelo, mas apresentou-se com
uma nova opção no cenário político, com uma campanha entusiasmante,
cheia de brilho nos olhos e despertou a esperança novamente aos
ludovicenses de ter uma pessoa preparada, estudiosa e com habilidade
política pouco vista nos últimos anos, até mesmo no cenário nacional.
Em 2010, quando poderia ter optado por
uma reeleição tranquila para Deputado Federal ou ter concorrido a uma
possível condução ao Senado Federal, Flávio Dino resolveu peitar o grupo
dominante e o governador injustamente deposto pelo TSE, Dr. Jackson
Lago. Lançou-se candidato ao Governo do Estado Maranhão e mesmo sendo
traído pelo PT Nacional e tendo apenas 2’27 minutos no horário
eleitoral, Flávio Dino tornou-se uma liderança DIGNA de oposição,
levando a população do Estado a um engajamento gratuito em sua campanha
que, em razão do flagrante abuso do poder econômico, não se chegou ao
segundo turno dessas eleições.
De cabeça erguida e sabedor que se
tornara um grande líder, Flávio Dino passou acompanhar de perto o
Governo “eleito” e em seguida foi convidado para presidir a Embratur,
mas não deixou de observar o campo político do seu Estado.
Infelizmente, uma grande tragédia
pessoal acometeu esse grande líder, que foi a morte prematura do seu
filho Marcelo Dino. Ferido e bastante debilitado, Flávio Dino atualmente
reúne forças para combater o gravíssimo problema de saúde que o país
enfrenta e sua intenção é de evitar que novas mortes como a do seu filho
ocorram.
Franco favorito para se eleger ao cargo
de prefeito de São Luís logo no primeiro turno, Flávio Dino, juntamente
com o PCdoB, concluíram que sua posição no campo político vai além da
sua cidade… Há necessidade de se manter em evidência na esfera estadual e
não poderia se resumir às eleições de apenas uma cidade.
Flávio Dino e PCdoB, num movimento que
apenas líderes de verdade conseguem observar resolveram não ser apenas
candidato à prefeitura de São Luís, mas de todas as cidades do Maranhão e
Flávio Dino como grande “puxador de votos” pode sacramentar a eleição
de vários aliados políticos este ano, o que viabilizaria e consolidaria
sua candidatura para as eleições do Governo do Estado em 2014.
Por isso a decisão de não concorrer à
prefeitura de São Luís foi a mais acertada. Alguns podem pensar que
Flávio Dino foi egoísta com essa decisão, mas essa conclusão não se
sustenta, na medida em que egoísta ele se tornaria se quisesse assumir o
poder de qualquer maneira, mas deixando de concorrer este ano ele
demonstra a sua grandeza e preparo político de um grande estrategista,
com objetivo devidamente traçado e consolidado.
E de egoísmo esse líder parece não
sofrer, pois deixou o cargo de juiz federal para ser um homem público e
dar à população do Estado uma opção de alternância de domínio político
que se arrasta há 50 (cinquenta) anos.
Hoje esse líder trabalha com um grupo
coeso, que sabe o que quer e pela primeira vez a oposição do Maranhão
age de forma inteligente e movimentos sempre pensando no futuro e não no
imediatismo.
O Maranhão vive um processo de mudança
que necessariamente deve ocorrer e tem na oposição um líder preparado e
que dá esperança de novos tempos ao Estado e à sua população. Afinal,
como já dizia Napoleão Bonaparte “um líder é um vendedor de esperança” e Flávio Dino nos faz acreditar que há esperança ao nosso Estado.
***Gutemberg Braga - Advogado, Membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB, Especializando em Direito Ambiental.