“Por meio dessa parceria estamos mais informados, e aprendemos tudo sobre a transmissão e as formas efetivas de eliminar os criadouros para ajudar a combater esse sério problema de saúde pública, beneficiando a população como um todo”, assim, o cabo Roberto Lopes, do 24º Batalhão de Infantaria Leve (24º BIL), em São Luís, definiu a importância da capacitação promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), como parte das ações de combate ao Aedes aegypti no Maranhão.
O treinamento com os 30 militares do exército aconteceu em duas etapas, com aulas teóricas e práticas. A primeira foi na quinta-feira (25), das 8h às 17h, no 24º BIL, e a segunda na sexta-feira (26), durante todo o dia, no bairro Vinhais.
Os técnicos da Vigilância Epidemiológica e Sanitária da SES palestraram sobre o vetor, sintomas e características das doenças que ele transmite, além da execução das aulas práticas, capacitando os militares na eliminação mecânica de criadouros e tratamento com larvicida.
A coordenadora do Programa Estadual de Controle das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, Joseneide Matos, explicou que a sensibilização dos órgãos e gestores é um grande passo para consolidar a conscientização da população.
“Sabemos que apenas ações isoladas não são capazes de conter, com a agilidade que precisamos, a proliferação do mosquito transmissor da Dengue, Zika vírus e Chikungunya. É necessário aliar os esforços e, por isso, o governo do Estado tem buscado que outras instituições estejam conosco nessa ação conjunta para diminuir o índice de infestação na capital e outras regiões”, considerou a coordenadora.
Os militares que participaram da capacitação integrarão a Força-Tarefa Estadual de combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika vírus e Chikungunya, acompanhados por técnicos de campo da SES, para agilizar a resposta à população das denuncias de focos dos mosquitos, inicialmente em São Luís, feitas por meio dos telefones (98) 3268-6286, 3268-6585 e 160 ou pelo aplicativo WhatsApp (98) 98411-2086 e 8411-7085.
No período de 25 de janeiro a 25 de fevereiro, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES (Cievs), recebeu por meio dos telefones fixos e ouvidoria, 134 denúncias de focos do mosquito Aedes aegypti em São Luís. Já por meio do aplicativo WhatsApp, foram 436 denúncias.
Todas as ocorrências de São Luís eram encaminhadas diariamente à Secretaria Municipal de Saúde (Semus), que estava realizando os agendamentos das visitas dos agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes comunitários de endemias (ACE) para realizar a fiscalização.
Porém, devido ao crescente número de denúncias que foram recebidas pelo WhatsApp, além do trabalho de fiscalização que já é realizado pelos agentes de saúde e endemias da prefeitura, começará a atuar à partir desta segunda-feira (29), outra frente de trabalho de atendimento às denúncias.
Força-Tarefa
Na nova frente de trabalho, os militares formarão duplas com os técnicos da SES e, cada dupla, poderá atender até 40 imóveis por dia. Para o comandante do 24º BIL, Tenente-Coronel Azevedo, a parceria é uma forma de garantir que toda a sociedade seja beneficiada de forma efetiva.
“Sabemos a representatividade que o exército brasileiro tem para a sociedade. Essa capacitação está orientando nossos militares para que eles saibam como proceder ao chegar às residências e com isso alcançar o objetivo que é erradicar os criadouros e combater o mosquito”, afirmou o comandante.
O secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, destacou que a integração dos militares do exército com os técnicos da SES irá possibilitar uma quantidade maior de visitas domiciliares, diminuindo o tempo de resposta às denúncias.
“São Luís será o ponto inicial da força-tarefa, mas não ficará só na capital. Já estamos programando a agenda de trabalho nas cinco cidades do interior com maior número de casos notificados das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, começando por Miranda do Norte e Barra do Corda. É um compromisso do governo e das instituições, juntamente com a sociedade, eliminarmos esse mosquito do nosso Estado”, finalizou Marcos Pacheco.
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