Diante da necessidade de fortalecer o
diálogo entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as Instituições de
Ensino Superior (IES) do Maranhão, o Governo do Estado está promovendo o
‘Seminário de Integração da Pesquisa e Saúde do Maranhão’. O objetivo
do seminário é promover a valorização da pesquisa por meio de discussões
pautadas em pesquisas de relevância epidemiológica realizadas no
Maranhão.
O secretário de Estado da Saúde, Marcos
Pacheco, explicou que a proposta é tornar rotineira a realização de
seminários em parceria com as universidades. “Vamos buscar conclusões
que apontem para soluções de baixo custo e alto impacto, utilizando os
recursos disponíveis”, explicou.
O Seminário tem a participação dos
cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado), da Universidade Federal
do Maranhão (UFMA), Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Centro
Universitário do Maranhão (Universidade Ceuma). O evento ocorre nesta
quarta (2) e quinta-feira (3), no Palácio Henrique de La Rocque, em São
Luís. Ao todo, estão sendo apresentas 37 pesquisas distribuídas em nove
eixos temáticos.
A iniciativa é uma parceria da
Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Superintendência de
Atenção Primária em Saúde, com programas de pós-graduação das
universidades parceiras da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).
O secretário Marcos Pacheco frisou que o
governador Flávio Dino está com o olhar atento para a atenção primária
na área da saúde, uma vez que os investimentos neste setor contribuem
para transformar os indicadores do Sistema Único de Saúde (SUS). “Este
seminário pode ser considerado como um laboratório social da pesquisa.
Todas as pesquisas contribuirão para a articulação interinstitucional,
além da importante integração dos pesquisadores com os demais
representantes da Secretaria de Saúde”, observou Marcos Pacheco.
Cada programa de pós-graduação realizou a
mobilização e seleção das pesquisas apresentadas no seminário,
contemplando os principais resultados para a gestão da saúde. Os
melhores trabalhos, de acordo com o interesse da gestão para a
assistência na atenção primária, serão certificados e farão parte de uma
publicação especial da ‘Revista Inovação’, editada pela Fapema.
A coordenadora do Programa de
Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFMA, Maria Teresa Seabra, considerou
o seminário uma importante forma de ressaltar a representatividade das
pesquisas. “O grande compromisso da pesquisa é fazer a devolução para a
sociedade do que o pesquisador encontrou, e esse seminário permite a
resposta dos resultados dos estudos que estão sendo desenvolvidos”,
disse.
A pesquisadora Emnielle Pinto Borges
(UFMA) apresentou uma das pesquisas de maior destaque: “Dengue em São
Luís: análise espaço-temporal”, desenvolvida em conjunto com outros
pesquisadores. Para ela, estudar a epidemiologia da dengue é uma das
preocupações do mestrado.
“A proposta do nosso trabalho não fica
restrita somente a demonstrar pesquisas com número de casos, mas fazer o
geoprocessamento dos dados para auxiliar nas políticas públicas e para
que a população perceba quais os locais de maior acometimento. Assim é
possível intervir com ações de controle ao mosquito Aedes aegypti.
Divulgar as pesquisas, de maneira geral, é uma forma de conseguir
ressaltar e fortalecer a proposta de cada trabalho”, explicou Emnielle
Pinto Borges.
Programação
Na quarta-feira (2) foram apresentados cinco eixos temáticos com 20 pesquisas de relevância para a saúde pública: ‘Vigilância epidemiológica’ (seis pesquisas), ‘Vigilância Epidemiológica com foco em hanseníase’ (duas), ‘Atenção primária em saúde com foco na saúde da mulher’ (cinco), ‘Atenção primária em saúde com foco na saúde da criança’ (três) e ‘Vigilância ambiental e sanitária’ (quatro).
A programação na quinta-feira (3) inclui
apresentação de quatro eixos temáticos com 17 pesquisas. Os trabalhos
estão divididos entre os temas ‘Atenção primária em saúde com foco em
saúde mental’ e ‘Diabetes e educação em saúde’ (seis pesquisas),
‘Doenças transmissíveis’ (três), ‘Redes de atenção à saúde’ (quatro) e
‘Atenção primária em saúde com foco na saúde bucal’ (quatro).
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