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Uma manifestação contra a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC do Teto), em frente ao Palácio da Alvorada na
noite desta quarta-feira (16/11), virou caso de polícia. Um estudante
de 25 anos que participava do protesto registrou ocorrência da delegacia
alegando que foi atropelado por dois carros oficiais do Senado. Um
deles seria o do senador maranhense João Alberto (PMDB).
A versão dos agentes de segurança é
diferente. De acordo com eles, um manifestante se jogou sobre
os veículos para evitar que os automóveis entrassem no local e teve o
braço machucado.
O que de fato ocorreu está sendo
investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (área central). De acordo com o
boletim de ocorrência, T.S. (a vítima é identificada dessa forma na
ocorrência) contou que foi atropelado duas vezes por carros que
supostamente levavam senadores para um jantar entre o presidente Michel
Temer (PMDB) e a base de apoio no Congresso Nacional e ministros.
O manifestante relatou à polícia
que depois de atingido, se jogou em cima do capô do carros e se segurou
para não cair. Disse, ainda, que os seguranças do local jogaram spray de
pimenta nos manifestantes e que o atingiram com cassetetes.
A vítima tentou se defender com o braço,
que ficou lesionado devido aos golpes. A ocorrência foi registrada como
acidente de trânsito com vítima e lesão corporal.
Em nota, o deputado distrital Chico
Vigilante (PT) lamentou o fato: “É um verdadeiro absurdo que um senador
da República contrário às manifestações dos estudantes que hoje ocupam
universidades em todo o país se ache no direito de cometer um crime
desta natureza”.
O boletim de ocorrência não cita nomes e
nem as placas dos veículos envolvidos. Mas o distrital petista e
estudantes envolvidos no protesto informaram que um dos carros tem placa
0046 e seria utilizado pelo senador João Alberto (PMDB-MA).
O site Metrópoles
entrou em contato com o gabinete do parlamentar e com a Polícia
Legislativa do Senado, mas até a publicação desta reportagem eles não se
pronunciaram.
John Cutrim
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