17 novembro, 2016

Manifestante diz que foi atropelado por carro do senador João Alberto

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Uma manifestação contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC do Teto), em frente ao Palácio da Alvorada na noite desta quarta-feira (16/11), virou caso de polícia. Um estudante de 25 anos que participava do protesto registrou ocorrência da delegacia alegando que foi atropelado por dois carros oficiais do Senado. Um deles seria o do senador maranhense João Alberto (PMDB).

A versão dos agentes de segurança é diferente. De acordo com eles, um manifestante se jogou sobre os veículos para evitar que os automóveis entrassem no local e teve o braço machucado.

O que de fato ocorreu está sendo investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (área central). De acordo com o boletim de ocorrência, T.S. (a vítima é identificada dessa forma na ocorrência) contou que foi atropelado duas vezes por carros que supostamente levavam senadores para um jantar entre o presidente Michel Temer (PMDB) e a base de apoio no Congresso Nacional e ministros.

O manifestante relatou à polícia que depois de atingido, se jogou em cima do capô do carros e se segurou para não cair. Disse, ainda, que os seguranças do local jogaram spray de pimenta nos manifestantes e que o atingiram com cassetetes.

A vítima tentou se defender com o braço, que ficou lesionado devido aos golpes. A ocorrência foi registrada como acidente de trânsito com vítima e lesão corporal.

Em nota, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) lamentou o fato: “É um verdadeiro absurdo que um senador da República contrário às manifestações dos estudantes que hoje ocupam universidades em todo o país se ache no direito de cometer um crime desta natureza”.

O boletim de ocorrência não cita nomes e nem as placas dos veículos envolvidos. Mas o distrital petista e estudantes envolvidos no protesto informaram que um dos carros tem placa 0046 e seria utilizado pelo senador João Alberto (PMDB-MA).

O site Metrópoles entrou em contato com o gabinete do parlamentar e com a Polícia Legislativa do Senado, mas até a publicação desta reportagem eles não se pronunciaram.

John Cutrim

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