A presidenta Dilma Rousseff estará no
Maranhão nesta segunda-feira (10). Ao lado do governador Flávio Dino,
Dilma participará da inauguração da primeira etapa do Terminal de Grãos
do Maranhão (Tegram), localizado no Porto do Itaqui, em São Luís. Já em
funcionamento, a obra é um dos novos grandes terminais exportadores do
agronegócio brasileiro e situa o Maranhão como ponto logístico
estratégico no contexto internacional. Além disso, a presidenta também
fará entrega de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, no Maracanã,
ao lado do governador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo Holanda
Júnior.
A vinda da presidenta Dilma reforça o
alinhamento entre os governos Estadual e Federal, que enxergam o
investimento na movimentação de cargas como uma das principais
estratégias para o desenvolvimento da economia do país e do estado.
“Nossa meta é adequar o Porto ao seu
real potencial, modernizando sua estrutura e preparando-o para ser a
principal porta de entrada do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Todas
essas questões são de extrema importância para o desenvolvimento da
economia e melhorar os indicadores sociais do Estado”, afirmou o
governador Flávio Dino.
Em julho, o Tegram começou a carregar
navios de milho, poucos meses após iniciar a operação com soja, já
batendo recordes. De meados de março, quando o terminal começou a
operar, ao início de julho, já embarcou 1,4 milhão de toneladas de soja
em mais de 20 navios. Este volume, em apenas quatro meses, representa
mais da metade do previsto para este primeiro ano da operação.
“O Tegram chegou para estimular o
agronegócio brasileiro, principalmente, dos Estados do Nordeste, Norte e
Centro Oeste à medida que melhora a logística de escoamento da safra de
grãos em razão de várias vantagenscompetitivas”, explicou o porta-voz
do consórcio Tegram, Luiz Cláudio Sant.
Minha Casa, Minha Vida
Também como parte da agenda presidencial serãoentregues na segunda-feira (10) imóveis do Minha Casa, Minha Vida. A entrega é parte de uma parceria estruturante que envolve os três entes federados: o governo federal que garantiu o recurso para essas obras, a Prefeitura de São Luís trabalhando o lado social e o cadastro, e o Governo do Estado, responsável pelo incremento na infraestrutura no entorno do empreendimento e também pelo financiamento e construção de equipamentos públicos.
Sobre isso, o secretário de Estado de
Assuntos Políticos e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, explica que a
entrega beneficia a milhares de famílias maranhenses. “O governador
Flávio Dino, em nome do povo do Maranhão, já antecipou às boas-vindas à
presidenta e agradecerá a ela os investimentos feitos em nosso estado e,
naturalmente, renovará pedidos e pleitos para que mais investimentos do
governo federal possam estar sendo aplicados aqui no Maranhão”,
explicou Jerry.
O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) é um projeto estruturante que contempla a infraestrutura do Porto do Itaqui para recepção de grãos com o compartilhamento dos berços 103 e 100, na primeira e segunda fase, respectivamente. Sendo um consórcio formado pela CGG Trading, Glencore, NovaAgri (do fundo Pátria) e o Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e pela Amaggi), o Tegram conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. O terminal tem a perspectiva de equilibrar o escoamento da produção, em relação à logística atual centralizada nos portos do Sul-Sudeste.
Com quatro armazéns, o Terminal tem
capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125
mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de
toneladas ao ano; outros 5 milhões de toneladas serão acrescidos na
segunda fase, quando o terminal terá mais um berço para atracação, com
previsão de operar em 2017.
Atualmente, recebe de 500 a 530
caminhões por dia, um movimento que deverá aumentar, em curto prazo,
para até 800 veículos ao dia para descarregamento de cerca de 32 mil
toneladas de grãos em oito tombadores de caminhões (dois em cada
armazém). Desde o final de julho, esta estrutura foi acrescida da moega
ferroviária, que conta com um ramal que liga o terminal à Ferrovia
Norte-Sul, com capacidade para receber composições de até 80 vagões
carregados com cerca de 7 mil toneladas.
Investimento federais
Com a visita ao Porto do Itaqui, a presidenta Dilma vem conhecer de perto a realidade do Porto que receberá investimentos federais, anunciados em junho. Os investimentos darão ao local a capacidade de movimentar 2 milhões de toneladas/ano de celulose e 4,3 milhões de toneladas/ano em graneis minerais, uma elevação de 30% na movimentação de cargas. O anúncio foi feito pela presidenta Dilma Rousseff ao governador Flávio Dino na cerimônia que marcou o lançamento do Programa de Investimento em Logística 2015/2018 do governo federal.
O investimento para o Porto do Itaqui
contempla dois terminais, sendo um para celulose, com capacidade de
movimentação de 2 milhões de toneladas/ano, e outro de graneis minerais,
preferencialmente fertilizantes, com capacidade de movimentação de 4,3
milhões de toneladas/ano. A licitação do bloco 2 deve ocorrer no
primeiro semestre de 2016, contemplando áreas “greenfield” do porto
organizado do Itaqui.
Para o presidente da Empresa Maranhense
de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, a inclusão do Porto do
Itaqui no programa representa um grande passo para a expansão da
fronteira agrícola do MATOPIBA e para o desenvolvimento econômico do
Maranhão. “Esses investimentos atenderão diretamente às demandas geradas
pela produção de celulose no interior do Maranhão, bem como a expansão
da fronteira agrícola da região do MATOPIBA (estados do Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia), proporcionado pelo Tegram, o Terminal de
Grãos do Maranhão”, afirmou Ted Lago.
Um marco logístico para o agronegócio
brasileiro O Tegram é uma das maiores obras de infraestrutura para a
exportação da safra brasileira de grãos e sua abertura tem beneficiado
diretamente os produtores da região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins,
Piauí, Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso. Esta proximidade da nova
fronteira agrícola do Brasil gera maior agilidade ao escoamento da safra
para mercados estratégicos, como Europa e Ásia.
Na primeira fase, que envolve a operação
de um berço prioritário para atracação de navios, os investimentos do
consórcio no Tegram chegaram a R$ 600 milhões nas obras e equipamentos
de alta tecnologia; na segunda, estima-se aporte de mais R$ 80 milhões e
mais um berço.
Quando estiver totalmente concluído
(fases 1 e 2), o terminal deve receber um fluxo anual de 220 navios, 900
trens (80% do volume) e 150 mil caminhões (20% do volume), com
capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas.
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