Por: Flávio Dino
65% dos turistas do mundo inteiro dizem
preferir visitar destinos do segmento “Sol e Praia”, quando o assunto é
visitar a América Latina. No Maranhão, com o segundo maior litoral do
Brasil, repleto de paisagens inigualáveis como o Delta das Américas e os
Lençois Maranhenses, temos múltiplos roteiros competitivos para aquecer
o fluxo de visitantes.
A crescente ocupação imobiliária ao
longo do litoral de São Luís tinha tudo para fortalecer a capital como
destino turístico mais forte no país. Mas, pela ausência do poder
público, o que poderia significar o desenvolvimento da faixa litorânea
se transformou em degradação ambiental. Faltaram investimentos em
saneamento básico, tratamento de esgoto e distribuição de água que desse
conta da nova demanda das áreas à beira-mar. O resultado foi a alta
taxa de poluição e contaminação das praias e de um dos nossos mais belos
cartões-postais, a Lagoa da Jansen.
No último domingo, demos um passo
importante para reverter esse abandono histórico, assinando a Ordem de
Serviço para a execução do “Mais Saneamento” em pontos turísticos da
capital. Com R$ 14 milhões em investimentos, vamos melhorar muito as
nossas praias e reduzir em quase metade o volume de esgoto despejado
diretamente na Lagoa.
São obras que, além do reflexo no
turismo, cuidam da melhoria da Saúde Pública, da preservação do Meio
Ambiente e promovem qualidade de vida aos moradores e frequentadores,
que ali poderão voltar a encontrar um espaço de lazer saudável e de
prática esportiva.
Na Lagoa, vamos eliminar este ano 12 dos
27 pontos de lançamento de esgoto na região. Até o fim de 2016, vamos
finalizar todo o deslocamento do esgoto, que hoje é jogado diretamente
na Lagoa da Jansen, para a Estação de Tratamento. E para a melhoria das
condições de balneabilidade das praias, vamos instalar interceptores ao
longo das margens dos rios Pimenta e Claro, numa rede coletora de mais
de 30 mil metros de extensão, que também levará o esgoto para
tratamento.
Nossa meta é passar de 4% para 70% de
esgoto em São Luís tratado ao longo de quatro anos, além de resolver
progressivamente o rodízio de água na cidade com ações de aumento da
capacidade de bombeamento do sistema Italuís e da perfuração de novos
poços. Tudo isso com um trabalho de planejamento levado a sério,
priorizando o fornecimento de água potável e o tratamento do esgoto para
todas as regiões do Maranhão.
Cuidar da “res publica”, ou seja, da
coisa pública, é a dimensão primeira da prática política voltada para
transformação da sociedade. Por acreditar nisso, estamos
progressivamente recuperando os espaços públicos de São Luís e do
Maranhão, que estavam abandonados ou apropriados por interesses
privados. Os exemplos das praias da capital e da Lagoa da Jansen são
dois entre tantos espaços que voltam ter a sua importância no cotidiano
da cidade, como a recuperação da Praça Nauro Machado no Centro Histórico
e do Parque da Vila Palmeira, que hoje estão reformados, estruturados e
servem à população em geral.
Quando no dia da grande vitória popular
que nos levou ao Governo do Estado falei da construção da República no
Maranhão, referia-me a múltiplas dimensões. Uma delas é a certeza que
posso transmitir à sociedade maranhense: agora, o patrimônio público
pertence a todos, está a serviço de todos e não é utilizado para a
consecução de interesses privados ilegítimos. O saneamento das praias
deriva diretamente desse outro “saneamento”: o da política.
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