09 maio, 2017

Governo nomeia general para presidência interina da Funai

Franklimberg de Freitas, general do Exército,vinha exercendo o cargo de diretor na fundação do índio. Presidente anterior da Funai foi exonerado na semana passada.
 
Franklimberg de Freitas recebe povos indígenas do Cerrado em audiência quando ainda era diretor da Funai  (Foto: Mário Vilela/Funai)
Franklimberg de Freitas recebe povos indígenas do Cerrado em audiência quando ainda era diretor da Funai (Foto: Mário Vilela/Funai)
O governo nomeou o general do Exército Franklimberg de Freitas para o cargo de presidente interino da Fundação Nacional do Índio (Funai). O presidente anterior, Antônio Costa, foi exonerado na semana passada. A nomeação de Franklimberg, assinada pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi publicada nesta terça-feira (9) no "Diário Oficial da União". 

Franklimberg havia sido nomeado, em janeiro, para o comando da Diretoria de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai. Tanto ele quanto o antecessor, Costa, são indicações de um dos partidos da base, o PSC, para o órgão. 


Na época, lideranças indígenas e organizações não-governamentais criticaram a nomeação de Franklimberg para a diretoria. 


Em julho de 2016, na primeira vez em que o governo teve intenção de nomear Franklimberg para a Funai, protestos de entidades ligadas aos índios fizeram o Palácio do Planalto voltar atrás.

Exoneração

A saída de Antônio Costa da Funai, na semana passada, foi cercada de polêmica. Após deixar o cargo, ele disse que tinha sido exonerado por tentar barrar indicações políticas para o órgão. 


“Eu não permiti e jamais poderia permitir [indicações políticas] porque a Funai é composta de cargos técnicos e de servidores concursados. E jamais eu poderia deixar entrar na instituição pessoas que não têm nenhum compromisso com as causas indígenas”, declarou Costa na ocasião. 


Poucos dias antes de ser exonerado, em meio à crise deflagrada por um conflito agrário que feriu índios e fazendeiros no interior do Maranhão, ele disse que a Funai não tinha condições de acompanhar todos os pedidos de demarcação de terras indígenas em razão de "mão de obra escassa". Ele ainda se queixou do corte de 44% no orçamento do órgão.

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