O ex-ditador do Panamá, Manuel Antonio Noriega, morreu na noite de
segunda-feira, aos 83 anos, no Hospital Santo Tomás, na Cidade do
Panamá, informação confirmada nesta terça à Agência Efe pelo seu
advogado, Ezra Ángel.
"Confirmado", respondeu laconicamente, o
advogado de Noriega, que permanecia internado em uma unidade de terapia
intensiva (UTI), em estado grave, desde o dia 7 de março, quando lhe foi
removido um tumor cerebral benigno.
O antigo "homem forte" do
Panamá, que governou o país entre os anos de 1983 e 1989, quando foi
derrubado por uma invasão dos Estados Unidos, morreu por volta das 23h
(horário local, 1h de Brasília, nesta terça-feira), segundo os dados
divulgados pela impressa local.
O estado de saúde de Noriega se
complicou após sofrer uma hemorragia, poucas horas depois de sido
operado no início de março, tendo que passar por uma segunda intervenção
cirúrgica.
Desde então, estava na UTI do Hospital Santo Tomás, o
maior do país, e foram frequentes os rumores da sua suposta morte ou de
mais complicações de sua saúde já frágil.
Noriega foi extraditado
para o Panamá no dia 11 de dezembro de 2011, após cumprir mais de 20
anos de prisão nos EUA e na França por tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro.
Ele cumpria mais de 60 anos de pena na prisão El
Renacer, nos arredores da capital panamenha, até o dia 28 de janeiro
deste ano, quando a Justiça lhe concedeu prisão domiciliar temporária
para que fizesse o pré e o pós-operatório fora da prisão.
Em 2010,
a Justiça panamenha abriu um novo processo criminal contra ele por sua
suposta responsabilidade no desaparecimento, em 1970, e posterior morte
do líder da esquerda, Heliodoro Portugal, mas o julgamento foi suspenso
no ano passado por conta dos problemas de saúde que afligiam o
ex-ditador.
EFE Brasil
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