Raquel
Dodge, a escolhida por Temer, era a preferida do
ex-senador José Sarney, o principal conselheiro do presidente. Medo de
ir para a cadeia, levou o oligarca a vetar o número um da lista tríplice
O ex-senador José Sarney, o principal
conselheiro do ainda presidente Michel Temer, tem muito que comemorar. Por
influência do oligarca, Temer (PMDB) escolheu para o cargo de procurador-geral
da República Raquel Dodge, segunda colocada da lista tríplice da eleição
interna da Associação Nacional dos Procuradores da república (ANPR).
Sarney fez de tudo para que Nicolao Dino,
o mais votado da lista tríplice para suceder Rodrigo Janot, não fosse o
escolhido pelo presidente.
Sarney é inimigo do governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), irmão de Nicolao. O oligarca acha que por ser
Nicolao Dino um dos assessores mais próximos de Janot, o Ministério Público não
iria sossegar enquanto não botasse um dos seus na cadeia.
Em maio deste ano, o colunista Lauro
Jardim havia reiterado que Temer tinha feito a promessa a Sarney que jamais
nomearia Nicolao.
O veto de Sarney, portanto, segue mais
uma vez o instinto de preservação política do clã maranhense, que é alvo de diversas
investigações, mas tem conseguido se manter fora da cadeia.
Raquel Dodge é conhecida por combater a
corrupção e apoiar a Lava Jato. Será que atrelada aos seus ‘padrinhos’, Temer e
Sarney, vai ter coragem e isenção para continuar apoiando o trabalho do
Ministério Público e dos juízes da Lava Jato?
Não custa lembrar que ela tem a simpatia
de líderes de uma organização criminosa, segundo Rodrigo Janot. De acordo como o
empresário Joesley Batista, Temer é o chefe da organização criminosa mais
perigosa do país. Será que Raquel Dodge tratará essa turma de outra forma?
Com Raquel, Temer, Sarney e aliados
continuarão livres de punição e respirando aliviados, distantes da cadeia? Só o
tempo dirá!
Em
tempo: A nova procuradora-geral da República só assumirá em setembro.
Será que Temer se sustentará até lá? Tudo indica que o desembarque dele
da presidência pode ocorrer antes disso.
Do Gilberto Lima
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