Presidente
Dutra
- A vocação de Paraíbano, Colinas, Passagem Franca para a cultura de abóbora e
de São Domingos do Maranhão para o cultivo de Abacaxi levou o diretor
superintendente do Sebrae no Maranhão, João Martins, à visitar produtores
rurais das regiões Central e Cerrado Sul Maranhense.
A visita
técnica às duas regiões aconteceu entre 22 e 24 de Maio, e serviu para que o
diretor superintendente do Sebrae não só conhecesse o potencial das duas áreas
produtoras como também visse as necessidades dos produtores rurais locais.
As
regiões produtoras de Abóbora e Abacaxi foram identificadas por dois estudos
realizados pelo Sebrae em 2016 essas duas áreas citadas foram apontaram grandes
como regiões produtoras como notada qualidade, a ponto de serem áreas
fornecedoras para regiões consumidoras do sul e sudeste do país o que acaba se
configurando o elevado potencial agrícola e como principal fonte de renda dos
municípios produtores.
"Solicitamos
este estudo para a Gerencial Regional de Presidente Dutra para que fizemos um
raio x da cadeia produtiva da abóbora e do abacaxi. Para que tivéssemos um
entendimento do início ao final das duas cadeias produtivas agrícolas e de
todos os seus participantes”, explicou Martins.
“Queríamos
saber como o mercado está, as oscilações de preço, se existe inovação,
tecnologia para esse trabalho e o que estava faltando. Tudo isso para que o
nosso planejamento que vai ser trabalhado nas duas cadeias produtivas",
completou o diretor superintendente.
Atualmente
Colinas e Paraibano são os principais produtores de abóbora e, segundo um dos
estudos feitos pelo Sebrae, fazem parte de um polígono, batizado de “Polígono
da Abóbora”, que compõem mais de sete cidades, como Passagem Franca, Mirador e
Sucupira do Norte.
Em São
Domingos do Maranhão, outro estudo aponta que o abacaxi tem um impacto de 60 a
70% na economia da população, sendo a principal fonte de subsistência. Os
dois polos possuem destaque na economia do Maranhão, apontando o estado entre
os principais na produção e comercialização desses produtos.
Apesar
da alta produtividade, ficou constatado no estudo realizado pelo Sebrae, que os
produtores estavam desorganizados, sem uso de tecnologias e assistências
técnicas, sem acesso a créditos, sem processo industrial definido e pouca visão
de mercado.
PARCERIAS
Durante
os três dias, várias visitas à Prefeituras foram realizadas e parcerias
começaram a ser construídas com o propósito de melhorar a vida dos produtores
rurais dos municípios visitados.
"Falta
agora somente um arranjo institucional e a participação daqueles que já estão
no processo, aqueles que acreditaram e acreditam na produção de abóbora como um
fator de desenvolvimento regional. Estamos abrindo uma oportunidade
institucional com esse projeto e a participação de várias instituições que dará
uma segurança para que os produtores rurais da região possam investir e se
manter no mercado com qualidade, oferta de produto e atendimento.", disse João
Martins.
O apoio
e recepção das prefeituras de São Domingos, com José da Folha; de Colinas, com
Valmira Miranda, e Passagem Franca, com Marlon Saba, mostram o comprometimento
municipal que apoia esses projetos e buscam o melhor para seus produtores.
"Buscar
capacitações e orientações para fortalecimento do agricultor é de grande
importância e a gente recebe com imensa alegria essas informações e a presença
do Sebrae aqui", disse o prefeito Marlon Saba.
Sebrae
trabalha nas duas cadeias produtivas
Além de
realizar os estudos de identificação e dimensionamento das culturas da abóbora,
na região Central, e do abacaxi, no Cerrado Sul Maranhense, o Sebrae no
Maranhão tem implantado ações para fortalecer os elos das duas cadeias
produtivas. Em parcerias com outras instituições de fomento e assistência
técnica, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), diversas
medidas já estão surtindo efeito.
Para a
cadeia do abacaxi - que se concentra nos municípios de São Domingos do Maranhão
e Turiaçu, cobre uma área de 1,4 mil hectares e tem produção anula de 28
milhões de frutos – o Sebrae está investindo em habilitação ambiental para
acesso a crédito, por meio da autorização de perfuração de poços, junto a
Secretária Estadual de Meio Ambiente (Sema) e está fazendo um trabalho de
preparação de um plano de comercialização e acesso ao mercado, que será
entregue em Junho, onde os produtores estarão com informações que poderão
ajudar nas tomadas de decisões quanto a melhor forma de vender seus
frutos.
O
Gerente Regional do Sebrae em Presidente Dutra, José Noleto disse que o estudo
realizado foi muito importante para poder decidir os primeiros passos.
"Fizemos uma avaliação da cadeia produtiva do abacaxi de São Domingos e
percebemos um grande potencial existente em uma cadeia que já remunera muito
bem todos os seus elos, mas que percebemos também possibilidades de melhorias
em vários aspectos e são esses aspectos que estamos abordando agora",
observou.
Os
produtores também estão investindo em tecnologias como sistema de irrigação,
para elevarem a produtividade média por hectare e qualidade dos frutos
colhidos, visando a venda de produtos na entressafra a preços melhores.
Para isso, Estão recebendo assistência técnica do Senar, que vem ajudando muito
no acesso a tecnologias. "Hoje a minha produção agradeço ao acompanhamento
do pessoal do Senar que estiveram aqui me orientando. Fui incentivado a plantar
e esse é o terceiro ano que estou plantando e foi muito bom pra mim. O Sebrae
tá trazendo propostas novas e com ajuda deles temos tudo para crescer",
disse o produtor de abacaxi Francisco Lopes, 54 anos.
"Nós
temos aqui um trabalho muito forte no acompanhamento e assistência técnica do
Senar para esses produtores e estamos agora trazendo uma proposta de parceria a
este trabalho juntamente com a prefeitura municipal, trazendo a proposta do
Sebrae para através da governança empresarial e de um planejamento estratégico
para a cultura de abacaxi de São Domingos com foco no mercado, logicamente que
passando tudo isso para uma estratégia de acesso a crédito, acredito que
possamos ter resultados aqui muito interessantes", concluiu João Martins.
ABÓBORA
A cadeia
produtiva da Abóbora, cuja área plantada abrange sete municípios e sustenta
mais de 1.500 famílias, ainda é trabalhado com tecnologias básicas, sem uso de
irrigação, sem correção de solos e como forma de subsistência. Produtores pouco
capitalizados que cultivam apenas no período de chuvas e que destinam toda sua
produção aos grandes centros de consumo da região Nordeste.
Como
forma de mudar esta realidade, o Sebrae está elaborando um projeto de
comercialização e iniciou um levantamento de dados de produtores junto as
prefeituras de Colinas, Paraibano e Passagem Franca.
Hoje
cada hectare plantado com abóbora gera uma receita média de 4 mil reais e é a
principal fonte de renda da agricultura familiar na região. Este ano esses
produtores enfrentam muita dificuldade na comercialização. "A safra esse
ano não está sendo boa. Estou com a minha roça toda para colher ainda por que o
preço está ruim", disse Antônio Carlos da Silva, produtor de abóbora em
Colinas no Povoado Fuzil.
Uma das
sugestões que o Sebrae no Maranhão está preparando para os produtores da região
e atuação comercial em grupo. "Avaliamos que se os produtores se organizarem
em associações ou em cooperativas, certamente eles terão um poder maior tanto
para comprar insumos quanto para barganhar preços melhores na hora da
comercialização. Com esse poder de negociação fazendo volume e melhorando a
qualidade desses produtos isso vai agregar mais valor no mercado local",
disse José Noleto.
Foram realizados
durante a visita do Superintendente encontros com diversos grupos de produtores
para discutir e entender a melhor forma de começar a colocar o estudo em
prática. Joaquim Soares Filho, Secretario Adjunto Municipal de Agricultura
Familiar em Paraibano, avaliou o encontro importante. "Este encontro foi
de suma importância para o município e os agricultores, por que hoje a demanda
de abóbora é muito grande e nosso agricultor precisa de um apoio
e a parceria entre a prefeitura e o Sebrae vai melhorar muito", disse
Soares Filho.
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