
A
ação é desdobramento das investigações relacionadas às centenas de
cheques administrativos de prefeituras, assinados por prefeitos e
ex-prefeitos, encontrados com o agiota Gláucio Alencar, preso como
mandante do assassinato do jornalista Décio Sá, cujo blog denunciava a
rede de corrupção que desviou milhões de reais dos cofres de diversos
municípios maranhenses.
Segundo
o superintendente da Seccor, delegado Lawrence Melo Pereira, entre os
cheques apreendidos havia vários de emissão da Prefeitra de Arari de
2005 e 2006, quando Nunes Aguiar comandou a administração municipal,
com valores que variam de R$ 12 mil a R$ 102 mil, além de cheques em
branco.
O
ex-prefeito está sendo interrogado neste momento. Sua assinatura foi
coletada para possibilitar a realização de exame grafotécnico.
Documentos, pendrives e HDs completam a colheita que vai subsidiar a
apuração. Face a sua condição de advogado, todo o processo contra Nunes
Aguiar teve acompanhamento de representante da OAB.
Embora
a investigação criminal original, que apurou o assassinato de Décio Sá,
remonte a 2012, as operações de combate à corrupção e ao desvio de
verbas públicas decorrentes "somente ganharam celeridade após a posse do
governador Flávio Dino, em 2015, que deu carta branca à Polícia",
destaca o superintendente Lawrence Pereira.
A
operação de hoje teve a coordenação dos delegados Roberto Fortes e
Leonardo Bastian, da Comissão de Combate à Agiotagem da Seccor. Além da
ação que resultou na detenção de Nunes Aguiar, já foi promovido
levantamento patrimonial do investigado, já que também é objetivo
essencial o ressarcimento aos cofres públicos dos recursos desviados.
Outras
etapas da operação continuam em todo o estado. O superintendente
Lawrence comemora e faz questão de frisar: "o combate à corrupção é
bandeira do governador".
do Gilberto Lima
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