Constança Rezende, O Estado de
S.Paulo
RIO - O promotor de Justiça Marcus
Vinicius da Costa Moraes Leite foi encontrado morto a tiros nesta terça-feira,
16, junto com a mulher, Luciana Alves de Melo, servidora do órgão e também
baleada.
Os corpos do promotor, que integrava o
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério
Público Estadual fluminense, e da mulher estavam em um apartamento na Rua
Coronel Paulo Malta, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A Divisão de Homicídios do Rio (DH), da
Polícia Civil, informou que as características do crime apontam para homicídio
seguido de suicídio, embora outras hipóteses também estejam sob investigação.
A arma do crime, que seria de Leite, foi
encontrada no local, e não havia indícios de invasão ou assalto. Segundo
informações da DH, a porta do apartamento estava trancada, e os agentes não
encontraram sinais de arrombamento.
A Polícia Civil também acredita que os
fatos tenham acontecido na madrugada de domingo para segunda. Porém, os corpos
só foram encontrados nesta terça pela faxineira e levados para o Instituto
Médico Legal (IML) para perícia.
Milícias
O promotor atuava na área penal e
apresentou denúncias contra integrantes da milícia (quadrilha de policiais que
dominam territórios para combater crimes) conhecida como Liga da Justiça. O bando participou, em 2009,
de uma chacina em Inhoaíba, na zona oeste. Ao justificar um pedido de prisão
preventiva contra milicianos, o promotor citou a brutalidade adotada pelo
grupo, com o intuito de vingança e de
intimidação.
Em fevereiro de 2012, o promotor também
ofereceu denúncia contra Mauro de Carvalho de Jesus, acusado de ter matado a
golpes de machado sua mulher. O acusado também teria esquartejado o cadáver e
ocultado os despojos, acondicionados em sacos de lixo, em um matagal na Estrada
do Campinho, em Campo Grande, na zona oeste.
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