A Coluna Expresso, da Revista Época,
traz hoje uma nota sobre a disposição do ex-ministro Geddel Vieira Lima,
preso desde setembro, em fazer acordo de delação premiada. Amigo íntimo
da família Sarney, ele poderia gerar problemas, sobretudo com Roseana,
com quem é suspeito de desviar R$ 18 milhões após enchentes no Maranhão
em 2009.
Geddel Vieira Lima é tratado como um
homem-bomba pela cúpula do PMDB. Em setembro de 2017, a Polícia Federal
encontrou R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento do
ex-ministro em Salvador. Suspeita-se que o montante seja fruto de uma
série de desvios envolvendo grandes figurões pemedebistas.
De acordo com a Coluna Expresso, o
ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em Brasília desde setembro, está
disposto a negociar um acordo de delação premiada por saber que sua
situação é difícil. Ele, no entanto, enfrenta dois problemas.
O primeiro é que o operador Lúcio Funaro
detalhou informações que poderiam ser ditas por ele. O outro é que
Geddel resiste a citar amigos do PMDB, incluindo Michel Temer. Sem isso,
as chances de a colaboração prosperar são mínimas.
Entre esses amigos estão também José e
Roseana Sarney. Uma investigação do governo federal apura o destino de
parte dos recursos repassados ao Governo do Maranhão em 2009 com o
objetivo de recuperar rodovias em quase 70 municípios do estado.
Os recursos deveriam ter recuperado
rodovias após uma enchente no estado. Uma auditoria interna do
Ministério da Integração Nacional orienta a glosa de R$ 18 milhões – com
valores atualizados – em contrato realizado por aquele órgão e o
governo do Estado.
Geddel Vieira Lima, hoje preso com
dinheiro vivo em seu apartamento, era o ministro à época. E Roseana
Sarney, a governadora. Parte dos processos também foi assinado por seu
vice, o hoje senador João Alberto.
O clima entre os sarneysistas é de apreensão em relação a uma possível delação premiada de Geddel.
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