Daniela Amorim,
O Estado de S. Paulo
RIO - O pastor Felipe Garcia Heiderich,
acusado de ter abusado sexualmente do enteado de 5 anos, deixou a prisão na
madrugada deste domingo, 10. Heiderich, que cumpria prisão preventiva, foi
libertado mediante uma autorização da Justiça para que deixasse o cárcere sem
necessidade de tornozeleira eletrônica, que está em falta no Estado do Rio,
informou a Secretaria de Administração Penitenciária.
Felipe Heiderich estava preso numa cela
isolada na Cadeia Pública José Frederico Marques, no complexo penitenciário de
Bangu, na zona oeste da capital. A Justiça do Rio já tinha concedido liberdade
ao pastor, mas a determinação ainda não havia sido cumprida antes porque previa
o monitoramento eletrônico do acusado.
Heiderich, que pertencia à Aliança
Mundial de Evangelização, foi denunciado pela mulher, a pastora Bianca Toledo, por
abusar do filho dela, fruto de um relacionamento anterior. O crime teria
ocorrido na residência do casal, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do
Rio.
O caso chegou à Delegacia da Criança e
Adolescente Vítima (DCAV) em 22 de junho. Na semana passada, o Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou o pastor à Justiça por estupro de
vulnerável. De acordo com a denúncia, o acusado "praticou diversos atos
libidinosos com uma criança de 5 anos". O documento também aponta que o abuso
ocorreu até o dia 11 de junho deste ano.
No entanto, a Promotoria também requereu
à Justiça a revogação da prisão temporária do pastor, "por entender já ter
sido possível obter na fase de investigação os elementos necessários para a
propor a denúncia". O Ministério Público pediu a aplicação de outras
medidas cautelares, como a proibição de contato do denunciado com a vítima e
sua mãe, uma distância-limite de 250 metros entre os mesmos, a proibição do
acusado de deixar a comarca e o recolhimento do seu passaporte.
Neste sábado, a pastora Bianca postou uma mensagem em seu perfil no Facebook em que pede respeito e declara que não gostaria mais de falar sobre o ocorrido. "Vamos aguardar a justiça de Deus e dos homens", escreveu Bianca.
Nossa que vergonha
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