O
deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) contestou, nesta manhã (27), na
Assembleia Legislativa, a afirmação feita por seu colega Edilazio Júnior
(PV), de que é ‘repetitivo’ na tribuna. Cutrim disse que Edilazio não
conhece sua história, de onde veio e como chegou, mas entende que ele
não tem nenhuma história de trabalho, de como chegou a ser deputado, a
não ser o que se ouve e comenta na história da política.
Cutrim denunciou que o ex-secretário de
Segurança, Aluísio Mendes, junto com mais três delegados e o Sistema
Mirante de Comunicação, tentou promover seu assassinato moral,
envolvendo-o com a morte do jornalista Décio Sá. Para ele, Edilazio o
considera repetitivo porque não teve que viver o que ele viveu. “Em
razão dessa perseguição continuada, eu perdi meu filho”, informou.
O deputado garantiu que seria leviano se
dissesse que Roseana Sarney e o ex-governador José Reinaldo Tavares não
lhe deram autonomia quando foi secretário. “Ela nunca interferiu no
sistema de segurança pública”, afirmou. Cutrim desmentiu que tenha
falado de conivência da governadora com a armação perpetrada contra ele,
mas acha que ela perdeu a credibilidade quando tomou conhecimento do
que estava acontecendo e cruzou os braços. “Não tem credibilidade para
ser governadora do Maranhão, pois ciente de que um secretário seu armou
para incriminar uma pessoa, cruzou os braços”, repetiu.
“O que eu passei não desejo para nenhum
inimigo meu”, lamentou o deputado. Cutrim criticou também a procuradora
do Estado, que, segundo ele, também perdeu a credibilidade para
gerenciar o Ministério Público. Conforme o deputado, a procuradora
sentou durante oito meses em cima de uma representação cujo objeto era
apurar essa armação. “Como é que essa senhora pode ter credibilidade
para comandar uma instituição de tamanha magnitude?”, perguntou.
O parlamentar ainda registrou que passou
30 anos como funcionário da Polícia Federal sem nunca sofrer uma
sindicância, sem uma única punição ou mesmo licença médica. Garantiu que
como secretário de Estado foi leal à governadora Roseana e ao
ex-governador José Reinaldo Tavares, e o mesmo aconteceu no Ministério
Público. “O tempo que eu passei no governo, fui leal à administração
dela, vesti a camisa, trabalhava de manhã, de tarde e de noite e aquilo
era a minha obrigação. Lealdade é obrigação, não é favor”, finalizou
Cutrim.
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