Minha primeira pergunta direta
sobre política foi feita para a minha mãe, Rita. Eu tinha 11 anos quando, vendo
o noticiário na TV sobre a aprovação da Lei da Anistia, perguntei a ela o que
aquela palavra, tão complicada para uma criança, significava. Com simplicidade,
ela me explicou sobre o que representava aquele momento para a vida dos brasileiros
e para a liberdade da nossa Nação. E me falou sobre a cassação e a prisão
injusta que a ditadura impôs contra o meu pai. Passei então a acompanhar, ainda
com olhos de criança, a história do Brasil, pois entendi que aquele momento era
realmente especial.
Essa lembrança do
relacionamento com a minha mãe é uma entre tantas outras que remontam à minha
infância na Rua de Santana, no centro de São Luís, onde aprendi a jogar bola e
botão, e a empinar papagaio. A partir dessa vivência, sempre admirei a força
das mulheres-mães, inclusive daquelas com quem Deus me deu três lindos e
maravilhosos filhos.
Com essa admiração e esse
respeito ao que significa ser mãe, quando estava escrevendo o nosso Programa de
Governo me preocupei especialmente com os sonhos das mães do Maranhão. O
principal deles certamente é manter os seus filhos próximos de si. Hoje, ao
contrário desse legítimo desejo, milhares de jovens são expulsos do Maranhão
pela falta de oportunidades educacionais e de trabalho. E deixam as suas mães
saudosas e tristes, como recentemente uma delas me contou no município de
Tutóia: seus três filhos estavam morando fora do Maranhão, trabalhando no
interior de São Paulo e em Mato Grosso.
Precisamos unir as famílias
maranhenses, e para isso precisamos sair dessa inércia governamental e dessa
corrupção que travam o nosso desenvolvimento.
Além disso, pensando nas mães,
estou defendendo ampliar a Rede de Saúde Cegonha em todo o estado. A partir da
diretriz do Governo Federal, queremos implantar uma rede de cuidados para
assegurar às mulheres orientações preventivas e a atenção humanizada à gravidez
e ao parto.
Ao mesmo tempo, pretendo que a
realização de transferências voluntárias de recursos aos municípios seja
condicionada a ações de atenção integral à saúde da mulher e de creches no
território municipal, aumentando o papel do Governo do Estado na assistência às
mães e à educação de seus filhos.
Acima de tudo, é essencial
aprender com as mães, que nunca perdem a esperança e acreditam nos seus filhos
sempre, mesmo nos momentos de dificuldades. Por isso que sempre digo que o mais
importante em um Programa de Governo é ter a visão humanista e afetuosa que o
olhar materno nos transmite.
Ao fim, deixo uma palavra bem
do fundo do coração para as mães que perderam seus filhos. Eu sei como dói e
sangra todos os dias. Mas tenhamos fé no reencontro, diário e eterno.
Feliz Dia das Mães
para todas as mães do Maranhão.
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