O PDT iniciou nesta segunda-feira (18/4)
o processo de expulsão dos seis deputados federais do partido que ontem,
domingo, votaram a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) –
contrariando determinação expressa do Diretório Nacional.
A decisão do PDT de votar contra o
impeachment foi tomada em dezembro do ano passado, sendo referendada
posteriormente, por unanimidade, pelo Diretório Nacional reunido em Brasília
dia 22 de janeiro; e, por último, confirmada na última sexta-feira (15/4), em
reunião da Executiva com integrantes da Comissão Nacional de Ética, presidentes
dos movimentos de base partidário e integrantes das bancadas do PDT na Câmara e
no Senado.
Reunida nesta manhã (18/4) na Sede
Nacional do partido, em Brasília, os membros da Comissão Permanente discutiram
o comportamento dos deputados do PDT e, ao final, confirmaram a decisão de
expulsar os deputados infiéis.
Votaram contra a determinação da direção
do partido e foram expulsos, de ofício, os deputados federais Mario Heringer
(MG), Sérgio Vidigal (ES), Giovanni Cherini (RS), Flávia Morais (GO),
Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
A Comissão de Ética, como anunciado,
iniciou os processos de expulsão garantindo a todos amplo direito de defesa
previsto na legislação e nos estatutos; e vai submeter o seu parecer ao
Diretório Nacional do PDT já convocado para decidir sobre o assunto no próximo
dia 30 de maio, no Rio de Janeiro.
Os que forem dirigentes estaduais serão
destituídos dos cargos, caso do Espirito Santo, presidido por Sergio Vidigal; e
Goiás, presidido por Georges Morais – e também serão destituídas as comissões
provisórias do PDT nos estados de Minas Gerais e Amazonas presididas,
respectivamente, pelos deputados Mario Heringer e Hissa Abrahão.
A decisão de expulsar os infiéis foi
tomada pela Executiva em dezembro passado, ato referendado pelo Diretório
nacional dia 22 de janeiro e, por último, confirmado na sexta-feira passada
(15/4) na reunião da Executiva Nacional, com a Comissão de Ética, movimentos partidários e bancada federal do
partido. Os parlamentares, todos, também foram avisados por escrito que corriam
risco de expulsão caso não votassem contra o impeachment.
Gilberto Lima
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