Toda
inovação sofre resistência. Uma mais embasada tecnicamente, outra mais
por conservadorismo e alienação; por puro medo do novo, medo do esforço
para dominar a nova situação; e a maioria em defesa de interesses
pessoais ou de grupos.
Há
pouco tempo, a implementação da teleaudiência sofreu muita
resistência. Criticada principalmente por advogados que desejam a
perpetuação dos processos para conseguirem a impunidade aos seus
clientes pela prescrição dos crimes.
No
setor privado há menos resistência em função da concorrência. Quem fica
para trás, ou diminui seu faturamento, ou vai à falência. No serviço
público a resistência é maior, exatamente pela falta de concorrência.
Contudo, muita resistência só adia a implementação das inovações. Elas
se impõem.
Todas
as administrações públicas aderiram à informática e à internet em
especial. Esta já faz parte da vida das pessoas, mesmo daquelas que
ainda não a dominam, mas recorrem a outras para executarem seus
serviços. Hoje, de casa ou de qualquer lugar, as pessoas efetuam
pagamento, fazem compras, acompanham o desempenho escolar, o andamento
de processos, se inscrevem em concursos e realizam diversos serviços.
Mas
o setor público ainda utiliza pouco a internet, em vez de ampliar o seu
uso para alcançar um número maior de usuários. Além disso, alguns itens
deveriam ser mais bem visualizados em suas páginas. Também não deveriam
criar tantas restrições no espaço para manifestações, opiniões e
sugestões.
Por
exemplo, deveria ser padronizado que toda prefeitura tivesse o sítio
com o nome da cidade, mais a sigla do estado, mais a extensão gov.br.
Isso facilitaria o acesso a qualquer pessoa que soubesse apenas o nome
da cidade. Todas as universidades públicas deveriam instituir o ensino
gratuito pela internet, com número de vagas bastante expressivo no
início e crescente até chegar a milhares ou milhões. Criar limitação ao
aprendizado se assemelha à restrição ao uso da luz solar.
Seria
preciso que os administradores acompanhassem de perto a eficiência de
tais serviços, já que estes têm deixado a desejar. Não basta colocá-los
numa página virtual. Ter todos esses benefícios disponíveis é útil,
necessário e prático, mas sempre acompanhados da sua realização efetiva,
de fato.
Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
Bacharel em direito
Pedro Cardoso da Costa é colaborador do blog Barradocordanews.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário