“Eu não rezo para nada”, teria dito o homem suspeito de matar a namorada
com uma cotovelada na madrugada da sexta-feira (11), em Mogi das
Cruzes, em uma mensagem de áudio enviada à prima da vítima momentos
depois do crime. “Cê viu como é que eu tava, alteradão, acabei fazendo
besteira. Dei logo um pancadão na Jaque, ela caiu lá desmaiada no chão e
vim embora. Não adianta ser conivente com o errado”, completou.
O suspeito ainda teria ameaçado a prima da vítima. “A Jaque teve o dela
lá. Ela tá lá no hospital de ambulância e vai sobrar para você também”,
continua.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi das Cruzes,
Jaqueline Aparecida Lopes de Moraes, de 19 anos, morreu por traumatismo
craniano.
Testemunhas disseram à polícia que ela e o namorado começaram uma
discussão na porta da casa da jovem, no distrito de Jundiapeba. A
discussão evoluiu e o suspeito teria dado uma cotovelada na vítima, que
caiu no chão e bateu o rosto. O caso foi a 0h15, na Avenida Peru.
A mãe da vítima diz que a briga teria começado porque a jovem não
atendeu a ligação. ”Ele falou que tinha ligado para ela e que o celular
estava desligado. E se eu sabia onde ela estava, eu disse que não sabia.
Ele ficou no portão de casa e andando no quarteirão dando volta. Ele
pegou o carro e saiu da minha porta. Porque eu já tinha brigado com
eles, eu não queria ele em casa por causa das brigas deles. Então, ele
parou do outro lado da rua e ficou esperando ela,” lembra Rosangela
Lopes dos Santos.
Rosangela diz que a filha estava com uma amiga. Quando elas chegaram em
casa, a menina entrou e a filha foi falar com o namorado. Ainda de
acordo com a mãe, na hora em que ela saiu de casa o suspeito já estava
correndo e a filha caída no chão. “Eu peguei ela. Uma moça ainda fez
massagem e a gente correu para o posto de saúde. Mas quando chegamos lá
ela já estava morta”, conta Rosangela.
A mãe de Jaqueline conta que o casal havia reatado o namoro de dois anos
há 15 dias. Ela afirma ainda que ele era agressivo com a jovem.
“Eu já tinha conhecimento que ele batia nela, porque eu via ela com a
perna ou algum lugar roxo então eu perguntava se ele batia nela, mas ela
dizia que não” diz Iraildes Santos Bonfim, tia de Jaqueline.
A mãe temia que isso acontecesse e afirma que sempre orientou a filha
para deixar o namorado. “Infelizmente o fim foi esse. Eu espero justiça,
que prendam ele”, diz a mãe.// RP10 Itambeagora
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