30 março, 2018

Artigo Biocentro - Educação sexual: qual a melhor forma de abordá-la com seus filhos?


A gravidez indesejada na adolescência, somada ao aumento do número de doenças sexualmente transmissíveis em jovens, são consequências da ausência de educação sexual. Mas, qual seria o papel dos pais neste processo?


Apesar de existir a abordagem nas escolas, é essencial que os pais ou responsáveis conversem sobre o tema desde a infância. Apesar de geral um desconforto em ambos os lados, é totalmente necessário e tem como objetivo reduzir “problemas” futuros.

Mas, desde quando falar? Como falar? Como responder as dúvidas? Conheça alguns pontos importantes e dicas a seguir!

Explicando a origem dos bebês

Existem literaturas e livros que sanam esta dúvida das crianças de uma forma lúdica e ilustrativa. É comum os pais utilizarem da história da cegonha e de “sementinhas” para explicar melhor o tema.

Apesar de ser válida, ela funcionará apenas por um tempo, até que seus filhos estabeleçam uma relação entre a anatomia humana e o processo fisiológico.

Diferenças sexuais

Ainda na infância, surgem dúvidas a respeito da sexualidade, principalmente quanto ao corpo do menino e da menina. Atualmente, a abordagem torna-se ainda mais ampla quando se relacionam questões de gêneros.

É essencial aos pais não criarem visões preconceituosas, como: meninas usam roupas cor de rosa, enquanto meninos brincam com carrinhos.

A principal abordagem que se deve ter é a de explicar as diferenças corporais entre um e outro, sem relacionar ideologias de gênero!

Enfrentando a puberdade

As diferenças que começam a surgir no corpo por volta dos 10 anos de idade, exigem explicações mais concisas sobre a sexualidade. As meninas terão sua menarca (isto é, primeira menstruação), enquanto os meninos mudam suas vozes e sentem o crescimento de pelos no corpo.

Neste momento, o ideal é que todos os detalhes sejam explicados claramente, e todas as dúvidas sejam respondidas. Algumas técnicas podem ser abordadas pelos pais para facilitar o processo:
  • Emprego de linguagem clara e objetiva;
  • Compartilhamento de experiências pessoais, levando a uma “tranquilização” dos filhos, pelo fato de os pais também terem enfrentado o processo;
  • Encarar o diálogo sem repulsas, medo ou vergonha;
  • Colocar-se a disposição para outras dúvidas e esclarecimentos.
Alertar sobre a necessidade de prevenção

Levando em conta o risco de gestação e contração de doenças sexualmente transmissíveis, é essencial explicar os principais métodos anticoncepcionais disponíveis, bem como a importância destes.

Vale lembrar que a orientação é necessária tanto para meninos como meninas, e se possível, deve ser voltada para o uso de preservativos (que além da gravidez, evitam as doenças).

Buscando ajuda médica e psicológica

O hebiatra é o médico responsável pelos adolescentes, e consequentemente, pela abordagem das mudanças sexuais e hormonais do período. É interessante que haja acompanhamento do desenvolvimento, para identificação precoce de distúrbios.

O médico também pode ser um importante aliado na educação sexual, visto que se trata de uma figura sigilosa e na qual os adolescentes tendem a ter maior confiança.

O acompanhamento e orientação por psicólogos também é importante e se faz necessário em alguns casos, tanto para pais que possuem dificuldades em abordar o tema, como para os filhos que apresentam distúrbios e problemas neste período.

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