A parlamentar pedetista aproveitou
para cobrar do Governo do Maranhão a implantação de Delegacias Especializadas
da Mulher, o funcionamento de fato destas e mais políticas públicas para as
mulheres.
Na passagem do
dia 8 de março – Dia Internacional da Mulher, a deputada estadual Valéria
Macedo (PDT) se manifestou sobre a data da qual faz parte, “não apenas para comemorar
ou parabenizar as mulheres pelas suas conquistas até aqui, mas também para
incentivar a luta das mulheres maranhenses e de todo o Brasil por sua
emancipação”.
“Parabenizo as
mulheres, mas esta data não deve ser apenas para comemorações, mas também, para
reforçar a luta das mulheres e pela participação cada vez mais destas na
política, uma forma de entrar no meio para poder mudar. Mais igualdade de
direitos, mais poder para as mulheres, é o que queremos, chega de
sub-representação das mulheres”, disse Valéria, na última quarta-feira, 05/03,
por ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade 2014, em Porto Franco.
Para Valéria,
o poder público em suas três esferas deve cada vez mais ser cobrado no sentido
de executar políticas públicas de enfrentamento a todas as formas de violência
de gênero, cujos índices são inaceitáveis; a promoção da igualdade salarial; a
garantia dos direitos sexuais e reprodutivos; o combate a todas as formas de
racismo, homofobia e intolerância religiosa; a prevenção, denúncia e punição de
crimes de tráfico de mulheres e escravidão sexual, e a promoção da imagem
realista da mulher pelos mais diferentes meios de comunicação de massa.
“Os avanços na
luta das mulheres não foram suficientes, ainda estão de pé as reivindicações pela
valorização do trabalho, por creches, pela real implementação da Lei Maria da
Penha, em defesa do SUS, na efetiva implementação do Plano Nacional de
Políticas para as Mulheres, entre outras pautas”, disse Valéria se colocando à
disposição dos movimentos de mulheres do maranhão, na Assembleia Legislativa do
Maranhão.
A parlamentar
pedetista aproveitou para cobrar do governo do Maranhão algumas proposições
suas feitas na Assembleia Legislativa, como indicações para a instalação de
Delegacias Especializadas da Mulher em Estreito e Grajaú, duas regionais
importantes devido o crescimento econômico e demográfico e que vem trazendo
muitos problemas de violência contra a mulher, sendo que a implantação de uma
delegacia especializada nessas duas cidades beneficiará diretamente uma
população estimada em mais de 100 mil habitantes, segundo dados do IBGE.
“Nessas regiões, quando ocorrem agressões, as mulheres não sabem a quem recorrer. Algumas se sentem inseguras e às vezes quando são ameaçadas ou mesmo agredidas, não denunciam as violências sofridas principalmente porque não tem a certeza de que o conflito será resolvido de forma eficiente e segura. Outras, quando o fazem vão à delegacia local, mas, infelizmente, por não se tratar de uma especializada, seus problemas não são bem encaminhados e solucionados. Por tudo isso, Grajaú e Estreito precisam de Delegacias Especiais da Mulher para que possam defender e garantir direitos, segurança e uma melhor qualidade de vida para as mulheres”.
Ao mesmo tempo
em que cobrou a implantação de novas delegacias, Valéria lembrou que não basta
criar essas especializadas e não dar condições para seus funcionamentos, como
vem acontecendo na maioria das 17 delegacias da mulher no Maranhão.
Valéria chamou
a atenção do governo para a situação inclusive de Açailandia, cidade onde os
casos de violência contra a mulher são quase que diários e lá a delegacia desde
que foi implantada nunca funcionou ou a contento.
“Segundo tive
informações agora mesmo Açailandia está novamente sem delegada, desde o
afastamento da Dra. Clenir, com isso muitas mulheres desistem de levar a frente
o processo contra o agressor, pois sem a presença de uma delegada para atender
a demanda da delegacia, o trabalho vem sendo realizado pelo
delegado regional com a colaboração de uma escrivã. Em dois anos, essa
é a segunda vez que a delegacia da mulher fica sem a delegada titular”,
denuncia Valéria lembrando ainda a situação da segunda maior cidade do Maranhão,
Imperatriz, onde a Delegacia da mulher é sobrecarregada, pois tem que responder
também pelos casos de violência contra o menor e o adolescente, não conseguindo
responder, portanto a contento tanta demanda.
Assessoria de Comunicação
Nenhum comentário:
Postar um comentário