O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB)
voltou a tratar, na sessão desta quinta-feira (20), sobre a liberação
dos recursos provenientes das emendas parlamentares apenas de alguns
deputados e criticou a postura da procuradora geral do Estado, Regina
Rocha. Cutrim pediu que a Mesa Diretora adote medidas no sentido de
resolver o problema das emendas positivas.
O parlamentar disse que o governo, ao
não liberar os recursos das emendas para alguns, está praticando crime
previsto na Lei Penal substantiva e atos de improbidade administrativa.
“Não podemos deixar que o governo seja tratado como patrimônio
particular. Aprovamos um orçamento e as nossas emendas têm que sair. As
minhas emendas e de alguns não saíram e foram dados para alguns
candidatos a deputados”, acusou.
De acordo com Raimundo Cutrim, o Estado
possui uma procuradora geral “que é uma vergonha para o Maranhão”, e que
seria “um braço do governo”. O parlamentar revelou que ela engavetou as
representações que fez contra a governadora Roseana Sarney (PMDB).
“Como é que eu posso acreditar em uma profissional representando uma
instituição de tão alta responsabilidade?”.
Fez críticas também à governadora e ao
grupo Sarney. “Hoje temos governadora, mas não temos governo. Eu não
tenho medo de nenhum deles. Eu não tenho medo da família Sarney.
Enfrentem-me, de peito a peito. O Cutrim não manda recado, eu falo”,
afirmou. Voltou a fazer críticas ao secretário de Segurança, Aluísio
Mendes, de que teria montado seu envolvimento no Caso Décio e com
agiotagem.
“O que Aluísio fez no Maranhão? Acabou
com a segurança pública. Nós estamos agora com 160 assaltos a ônibus e
até hoje, os homicídios de 100 a 120 por mês”, contou.
Sobre as emendas, Cutrim afirmou que a
Assembleia tem que tomar uma posição com relação ao assunto. “Quer dizer
que paga a emenda de trinta e poucos deputados, e os outros? São
distribuídos para os candidatos? Nós não aceitamos isso. Essas emendas
têm que sair. Então, somos 42 deputados, não pode 32, 33 receberem e o
restante não, porque a governadora acha que é patrimônio particular”,
finalizou.
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