
O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), ao
fazer algumas considerações a respeito da eleição indireta na Assembleia
Legislativa, disse, na sessão desta terça-feira, 11, que qualquer
parlamentar com assento naquela Casa tem condições de concorrer como
candidato a governador caso Roseana Sarney renuncie ao mandato parta
disputar uma cadeira no Senado Federal.
Ao citar a frase do então presidente
José Sarney, “não há Democracia sem Parlamento livre”, Raimundo Cutrim
afirmou que neste momento – que é de expectativa da independência ou não
da Assembleia Legislativa - o plenário está composto por jovens
idealistas, por políticos experientes, muitos com vários mandatos. “A
Casa é formada por representantes do povo de todas as instâncias, isso
quer dizer que qualquer um de nós - eleito por nós mesmos - está na
condição de fazer um grande governo”, garantiu o deputado, questionando
se é legítimo eleger outro candidato que não seja membro daquela Casa.
Em seguida, o parlamentar disse que a
sociedade moderna tem que se constituir pelos poderes Legislativo, o
Executivo e o Judiciário, autônomos e independentes entre si e, que a
intromissão de qualquer um sobre o outro representa a quebra da
harmonia, tendo como consequência a quebra da democracia. Na visão de
Raimundo Cutrim, os jornais, os blogs e todos os veículos de comunicação
da família Sarney alimentam o confronto com o legislativo estadual.
“Querem que nós votemos em um estranho
que em momento algum da sua vida pública fez parte do Poder Legislativo.
Querem nos comparar a cabos eleitorais que, em momento algum da sua
vida pública, fez parte do Poder Legislativo. Querem nos comparar a
cabos eleitorais que têm obrigação de votar no candidato do coronel.
Não, senhores deputados, não vamos entrar para a história como deputados
que atendam a conveniência do Poder Executivo, contrário à
independência desta Casa”, assegurou Raimundo Cutrim.
Ele destacou ainda que, neste momento,
se vivencia um Estado político onde a frase de José Sarney permanecerá
no plenário “ou será substituída pelos ditados dos coronéis do Nordeste:
faça o que eu mando, mas não façam o que eu faço”.
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