12 março, 2014

Raimundo Cutrim tece críticas à possível eleição indireta na Assembleia

O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB), ao fazer algumas considerações a respeito da eleição indireta na Assembleia Legislativa, disse, na sessão desta terça-feira, 11, que qualquer parlamentar com assento naquela Casa tem condições de concorrer como candidato a governador caso Roseana Sarney renuncie ao mandato parta disputar uma cadeira no Senado Federal.

Ao citar a frase do então presidente José Sarney, “não há Democracia sem Parlamento livre”, Raimundo Cutrim afirmou que neste momento – que é de expectativa da independência ou não da Assembleia Legislativa - o plenário está composto por jovens idealistas, por políticos experientes, muitos com vários mandatos. “A Casa é formada por representantes do povo de todas as instâncias, isso quer dizer que qualquer um de nós - eleito por nós mesmos - está na condição de fazer um grande governo”, garantiu o deputado, questionando se é legítimo eleger outro candidato que não seja membro daquela Casa.

Em seguida, o parlamentar disse que a sociedade moderna tem que se constituir pelos  poderes Legislativo, o Executivo e o Judiciário, autônomos e independentes entre si e, que  a intromissão de qualquer um sobre o outro representa a quebra da harmonia, tendo como consequência a quebra da democracia.  Na visão de Raimundo Cutrim, os jornais, os blogs e todos os veículos de comunicação da família Sarney alimentam o confronto com o legislativo estadual.

“Querem que nós votemos em um estranho que em momento algum da sua vida pública fez parte do Poder Legislativo. Querem nos comparar a cabos eleitorais que, em momento algum da sua vida pública, fez parte do Poder Legislativo. Querem nos comparar a cabos eleitorais que têm obrigação de votar no candidato do coronel. Não, senhores deputados, não vamos entrar para a história como deputados que atendam a conveniência do Poder Executivo, contrário à independência desta Casa”, assegurou Raimundo Cutrim.

Ele destacou ainda que, neste momento, se vivencia um Estado político onde a frase de José Sarney permanecerá no plenário “ou será substituída pelos ditados dos coronéis do Nordeste: faça o que eu mando, mas não façam o que eu faço”.

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