O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou, na sessão desta
segunda-feira (10), a informação de que o Governo do Estado pretende
instalar o Colégio Militar no local em que funcionava o Colégio
Universitário (Colun). O parlamentar disse que o local é fora dos
padrões para acomodar o Colégio Militar.
“Quando eu sugeri à governadora que criasse o Colégio Militar era
para atender filho de policiais militares, exclusivamente. Eram 50 por
cento das vagas para filhos de militares, sem a prova e que se ficassem
reprovados por mais de duas vezes eram excluído; 20 por cento eram para
policiais civis; 20 por cento eram para as pessoas que têm uma renda não
superior a um salário mínimo; e 10 por cento para as pessoas que
quisessem entrar na prova de seleção”, explicou.
Cutrim afirmou que o Colégio Militar “hoje virou um colégio de elite,
que pobre não passa mais e filhos de militar não passam nem perto”. O
parlamentar criticou a pretensão do Governo do Estado de instalar o
Colégio Militar em uma estrutura que cabe cinco ou seis mil alunos.
“Todos os colégios militares foram criados na minha gestão, tanto os
dois de São Luís como o de Imperatriz e o de Bacabal. Fazer um colégio
militar naquela estrutura é um crime que estão fazendo com a Polícia
Militar, porque em um colégio militar 50 por cento são policiais
militares, e nós estamos com o efetivo reduzido”, revelou.
O deputado assegurou que “o problema de educação é da Secretaria de
Educação, não é da Polícia Militar, não é da Secretaria de Segurança”.
Na avaliação de Raimundo Cutrim, “é mais um crime que estão fazendo
contra a Polícia Militar do Maranhão, querendo entregar aquela
estrutura, um colégio daqueles para cinco mil alunos; e para a Polícia
Militar, o colégio é uma atividade-meio, não é uma atividade-fim, feita
para atender filhos de militares, soldado, cabo, sargento, pessoas que
moram na periferia, que não têm condições de pagar um colégio bom”.
De acordo com o deputado, dos filhos de militares, 90 por cento não
têm condições de estudar em colégios caros. “Há coisas que só ocorrem,
no Maranhão, a gente não acredita que isto é verdade. A atividade fim da
Polícia Militar não é Escola Militar. A Secretaria de Educação é que é
responsável pela educação do nosso Estado. É querer brincar de fazer
segurança, mas também quando o Governo importa um secretário desse, a
cabeça de quem não sabe o que é Polícia e o que é instituição de
segurança, a gente vê isso aí”, afirmou.
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