11 março, 2014

Raimundo Cutrim critica instalação de Colégio Militar onde funcionava o Colun

O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) criticou, na sessão desta segunda-feira (10), a informação de que o Governo do Estado pretende instalar o Colégio Militar no local em que funcionava o Colégio Universitário (Colun). O parlamentar disse que o local é fora dos padrões para acomodar o Colégio Militar.

“Quando eu sugeri à governadora que criasse o Colégio Militar era para atender filho de policiais militares, exclusivamente. Eram 50 por cento das vagas para filhos de militares, sem a prova e que se ficassem reprovados por mais de duas vezes eram excluído; 20 por cento eram para policiais civis; 20 por cento eram para as pessoas que têm uma renda não superior a um salário mínimo; e 10 por cento para as pessoas que quisessem entrar na prova de seleção”, explicou.

Cutrim afirmou que o Colégio Militar “hoje virou um colégio de elite, que pobre não passa mais e filhos de militar não passam nem perto”. O parlamentar criticou a pretensão do Governo do Estado de instalar o Colégio Militar em uma estrutura que cabe cinco ou seis mil alunos. “Todos os colégios militares foram criados na minha gestão, tanto os dois de São Luís como o de Imperatriz e o de Bacabal. Fazer um colégio militar naquela estrutura é um crime que estão fazendo com a Polícia Militar, porque em um colégio militar 50 por cento são policiais militares, e nós estamos com o efetivo reduzido”, revelou.

O deputado assegurou que “o problema de educação é da Secretaria de Educação, não é da Polícia Militar, não é da Secretaria de Segurança”. Na avaliação de Raimundo Cutrim, “é mais um crime que estão fazendo contra a Polícia Militar do Maranhão, querendo entregar aquela estrutura, um colégio daqueles para cinco mil alunos; e para a Polícia Militar, o colégio é uma atividade-meio, não é uma atividade-fim, feita para atender filhos de militares, soldado, cabo, sargento, pessoas que moram na periferia, que não têm condições de pagar um colégio bom”.

De acordo com o deputado, dos filhos de militares, 90 por cento não têm condições de estudar em colégios caros. “Há coisas que só ocorrem, no Maranhão, a gente não acredita que isto é verdade. A atividade fim da Polícia Militar não é Escola Militar. A Secretaria de Educação é que é responsável pela educação do nosso Estado. É querer brincar de fazer segurança, mas também quando o Governo importa um secretário desse, a cabeça de quem não sabe o que é Polícia e o que é instituição de segurança, a gente vê isso aí”, afirmou.

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