11 março, 2014

Valéria Macedo cobra instalação de delegacias da Mulher em Estreito e Grajaú

Na passagem do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a deputada estadual Valéria Macedo (PDT) se manifestou sobre a data da qual faz parte, “não apenas para comemorar ou parabenizar as mulheres pelas suas conquistas até aqui, mas também para incentivar a luta das mulheres maranhenses e de todo o Brasil por sua emancipação”.

“Parabenizo as mulheres, mas esta data não deve ser apenas para comemorações, mas também para reforçar a luta das mulheres e pela participação, cada vez mais, destas na política, uma forma de entrar no meio para poder mudar. Mais igualdade de direitos, mais poder para as mulheres, é o que queremos, chega de sub-representação das mulheres”, disse Valéria, na última quarta-feira, 05/03, por ocasião do lançamento da Campanha da Fraternidade 2014, em Porto Franco.

Para Valéria, o poder público em suas três esferas deve cada vez mais ser cobrado no sentido de executar políticas públicas de enfrentamento a todas as formas de violência de gênero, cujos índices são inaceitáveis; a promoção da igualdade salarial; a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos; o combate a todas as formas de racismo, homofobia e intolerância religiosa; a prevenção, denúncia e punição de crimes de tráfico de mulheres e escravidão sexual, e a promoção da imagem realista da mulher pelos mais diferentes meios de comunicação de massa.

“Os avanços na luta das mulheres não foram suficientes, ainda estão de pé as reivindicações pela valorização do trabalho, por creches, pela real implementação da Lei Maria da Penha, em defesa do SUS, na efetiva implementação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, entre outras pautas”, disse Valéria se colocando à disposição dos movimentos de mulheres do maranhão, na Assembleia Legislativa do Maranhão.

A parlamentar pedetista aproveitou para cobrar do governo do Maranhão algumas proposições suas feitas na Assembleia Legislativa, como indicações para a instalação de Delegacias Especializadas da Mulher em Estreito e Grajaú, duas regionais importantes devido ao crescimento econômico e demográfico que vem trazendo muitos problemas de violência contra a mulher, sendo que a implantação de uma delegacia especializada nessas duas cidades beneficiará diretamente uma população estimada em mais de 100 mil habitantes, segundo dados do IBGE.

“Nessas regiões, quando ocorrem agressões, as mulheres não sabem a quem recorrer. Algumas se sentem inseguras e às vezes quando são ameaçadas ou mesmo agredidas, não denunciam as violências sofridas principalmente porque não tem a certeza de que o conflito será resolvido de forma eficiente e segura. Outras, quando o fazem, vão à delegacia local, mas infelizmente, por não se tratar de uma especializada, seus problemas não são bem encaminhados e solucionados. Por tudo isso, Grajaú e Estreito precisam de Delegacias Especiais da Mulher para que possam defender e garantir direitos, segurança e uma melhor qualidade de vida para as mulheres”.

Ao mesmo tempo em que cobrou a implantação de novas delegacias, Valéria lembrou que não basta criar essas especializadas e não dar condições para seus funcionamentos, como vem acontecendo na maioria das 17 delegacias da mulher no Maranhão.

Valéria chamou a atenção do governo para a situação inclusive de Açailândia, cidade onde os casos de violência contra a mulher são quase que diários e lá a delegacia, desde que foi implantada, nunca funcionou ou a contento.

“Segundo informações que tive, agora mesmo Açailândia está novamente sem delegada, desde o afastamento da delegada Clenir, com isso muitas mulheres desistem de levar à frente o processo contra o agressor, pois sem a presença de uma delegada para atender a demanda da delegacia, o trabalho  vem sendo realizado pelo  delegado regional com a colaboração de uma escrivã. Em  dois anos, essa  é a segunda vez que a delegacia da mulher fica sem a delegada titular”, denuncia Valéria lembrando ainda a situação da segunda maior cidade do Maranhão, Imperatriz, onde a delegacia da mulher é sobrecarregada, pois tem que responder também pelos casos de violência contra o menor e o adolescente, não conseguindo, portanto, responder a contento tanta demanda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário