Senador Edison Lobão |
A
situação do ex-ministro e senador maranhense Edison Lobão (PMDB) está
se afunilando. A investigação contra o senador na Lava Jato vai ganhando
cada vez mais força.
Lobão foi acusado por operadores do
esquema de corrupção na Petrobras de ter recebido parte da propina paga
nas negociações para contratação da empresa norte-americana Sargeant
Marine.
A operação que a Polícia Federal cumpriu nesta quarta, com
mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Bahia como parte
das investigações do esquema criminoso na Petrobras, atingiu Edison
Lobão.
O ex-ministro foi citado, durante coletiva à imprensa em
Curitiba, pelo delegado federal Felipe Pace, que trabalha nas
investigações da nova etapa da Lava Jato.
Segundo o delegado,
Edison Lobão seria um dos beneficiários de pagamento ilegal ao lado do
ex-deputado pelo PT Cândido Vaccarezza, que foi preso pela PF na semana
passada acusado de receber cerca de 500 mil dólares de propina por
intermediar a contratação da Sargeant Marine pela Petrobras.
Delegado federal Felipe Pace |
O ex-deputado, no entanto, foi solto na noite de terça-feira devido a questões de saúde, sob fiança de 1,5 milhão de reais.
Em
depoimento à Polícia Federal, os operadores de propinas Jorge Luz e
Bruno Luz, pai e filho, revelaram pagamentos a um representante de
Lobão. Segundo eles, os repasses eram feitos a Murilo Barbosa Sobrinho,
que é ligado a Lobão.
“O agente político que teria
sido acomodado ao grupo pode ser citado, até porque foi citado pelos
operadores, seria o senador Edison Lobão. Foi acomodada uma parte dos
valores que eram recebidos da comissão pelos contratos da Sargeant
Marine para o senador, mas isso foi dito pelos operadores, isso já está
em processo sigiloso e contra isso não foram tomadas medidas nenhuma,
aqui em Primeiro Grau”, disse o delegado.
O advogado
do senador maranhense, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como
Kakay, disse por telefone que Edison Lobão não conhece os operadores
que o citaram e nunca ouviu sequer falar na empresa Sargeant Marine. “Essa é mais uma delação feita sem qualquer fundamento”, disse o advogado.
Será?
Será?
Luís Pablo
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