Brito, Prado e Paraíba |
Morreu, na manhã desta quinta-feira (24), em Fortaleza, onde se submeteu a
uma cirurgia, o ex-jogador José Valquírio Barbosa, o Paraíba, que se
notabilizou no futebol maranhense na década de 1970, atuando pelo Moto
Clube e pelo Sampaio Correa.
Homem gol. Centroavante na acepção da palavra. José Valquírio Barbosa
veio da Paraíba para fazer parte da história do futebol maranhense.
Jogou no Moto e Sampaio e conquistou títulos pelos dois clubes. Um
acidente de ônibus ocorrido em 1975, entre Açailândia e Imperatriz, com o
time do Sampaio matou o zagueiro Paulo Espanha e acabou com a carreira
de atleta de Paraíba. Mas ele soube dar a volta por cima,
transformando-se em um dos melhores técnicos do Maranhão.
Ele nasceu em Sapé (05/07/1945) e foi criado em Cabedelo, cidade da
Paraíba, transformou-se em atleta profissional. Participou em 1961 do
Campeonato Paraibano como centroavante do Estrela do Mar Futebol Clube.
Despontou e no ano seguinte já estava com contrato assinado no Fortaleza Esporte Clube do Ceará, aos 17 anos de idade. Até 1966, Paraíba
conquistou três títulos.
O atleta passou a ser respeitado dentro da pequena área. Os
adversários sabiam que não podiam deixa-lo pegar na bola. Tinha um
aproveitamento excelente e sempre estava dentre os artilheiros das
competições que participava. De raciocínio rápido, pernas hábeis e boa
colocação, o oportunista Paraíba ia fazendo nome no Ceará. “Tive em
Fortaleza dois grandes técnicos: Moézio Gomes e Dante Biane. Me passaram
grandes ensinamentos”, conta ele porque tamanha habilidade na posição.
Em Fortaleza, teve uma outra grande oportunidade, a de conhecer
Júlia, com quem se casou em 1966, ano em que foi vendido ao Ferroviário
Atlético Clube (CE). Nesse clube, jogou ate 1969. Depois de ser
emprestado para o Treze, de Campina Grande, entrou na justiça e
conquistou passe livre, tendo o cuidado de assinar contrato de um ano.
Sua vinda para o Sampaio aconteceu quando estava jogando no Calouros
do Ar, time da base aérea da capital cearense. Indicação do radialista
gaúcho Dionísio da Ponte, que trabalhava na Rádio Educadora de São Luis.
Veio para disputar o Nordestão em 1971 e saiu como artilheiro. Foram
apenas três meses. Assinou depois disso contrato com o Tiradentes, do
Piauí, em 1972. Nesse mesmo ano, voltou para fazer parte da forte equipe
do Sampaio, campeã do Brasileirinho. Após essa competição, retornou
para o Tiradentes, campeão de 1972 e 1973.
Homem-gol já conhecido das torcidas e dos dirigentes maranhenses,
Paraíba foi novamente chamado, agora para reforçar o Moto. Em 1973 não
deu para ser campeão (título do Ferroviário). Mas em 1974 o rubro-negro
investiu e levou o título jogando com atletas do quilate de Edson e
Jurandir (goleiros); Esteves, Neguinho, Sérgio Marreca, Ivan, Nestor,
Gojoba, Soares, Santana, Lima, Paraíba e Coelho.
A partir daí o Sampaio passou a ser a vida dele. Participou como
auxiliar técnico e técnico nas eventualidades, de todos os títulos
conquistados pelo clube desde então: campeão em 1980, penta de 1984 a
1988, tri de 1990 a 1992 e o bi de 1997 e 1998. Estava internado há
vários dias, após implante de fígado.
Informações de Djalma Rodrigues
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