O vice-prefeito do município amazonense,
conhecido por ser o principal adversário político da vítima, buscou abrigo na
delegacia após a população tentar linchá-lo, movida por boatos. Cerco se fecha
por terra e rio, mas ainda não há suspeitas. Reforços chegarão nesta segunda
(29)
Prefeito pelo PROS, Cícero Lopes foi eleito em 2013 com apoio das zonas urbana e rural |
VICTOR AFFONSO
A Crítica
Cícero Lopes (Pros), prefeito do
município amazonense de Maraã (localizado a 615 km da capital Manaus) desde
2013, foi assassinado na noite deste domingo (28) com um tiro nas costas, na
frente da sua residência. O criminoso conseguiu escapar e policiais militares e
civis bloquearam o rio que banha o município, já que a única maneira de sair da
região é por via fluvial, na tentativa de fechar o cerco ao atirador o mais
rápido possível.
O comandante-geral da Polícia Militar do
Amazonas, coronel Marcos James Frota, confirmou as informações e revelou que o
clima na cidade é tenso, mas até a publicação desta matéria nenhuma confusão
havia sido registrada. O vice-prefeito da cidade, apontado como um dos
principais adversários políticos da vítima, está sob abrigo no 60º Distrito
Integrado de Polícia (DIP) - não detido, mas sim para sua própria proteção,
como frisou Frota.
"Ainda não temos nenhuma hipótese e
precisamos distinguir bem 'adversário político' de 'rival pessoal'. Como muitos
sabem que seu principal adversário político é o seu vice, a população já queria
bater nele, então ele está abrigado na delegacia, mas apenas para sua própria
proteção", disse o comandante-geral.
"Tudo leva a crer que foi execução,
pistolagem mesmo", acrescenta. O crime ocorreu por volta de 19h20, na
entrada da sua casa. Um homem, com uma arma de cano longo, atirou assim que viu
o prefeito, acertando suas costas. Cícero Lopes ainda chegou a ser levado ao
hospital do município, mas não resistiu e faleceu na unidade de saúde.
Maraã conta com nove policiais militares
e dois civis, e todos estão empenhados em localizar o assassino, garante o
comandante-geral da PM-AM. "Estamos fazendo um levantamento de possíveis
suspeitos e realizando revistas de local a local. Só é possível sair da cidade
se for pela água, não tem outra maneira, então bloqueamos o rio. Mas estamos
verificando também dentro da cidade", completou Frota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário