O peso da crise econômica que o mundo e o
Brasil vivem não altera a nossa determinação em abrir novos caminhos
para o desenvolvimento do nosso Estado. Amanhã estarei no Tocantins, com
os governadores da Bahia, do Piauí e do próprio Tocantins, que conosco
formam a região conhecida como MATOPIBA, junção das siglas dos Estados
que a integram. A convite do Ministério da Agricultura, lá iremos nos
reunir com investidores japoneses, interessados em ampliar seus negócios
na região, especialmente no tocante à cadeia produtiva dos grãos. O
Brasil tem com o Japão antigo e cordial relacionamento, tão bem
representado pela importância da imigração japonesa em várias regiões do
nosso país, inclusive no Maranhão.
Esse encontro comercial de amanhã se
soma a outros importantes esforços que temos empreendido para dinamizar
nossa agricultura, tão negligenciada por décadas, talvez porque os
poderosos de ontem não enxergassem, em tal atividade, oportunidades para
seus “negócios”.
Mantemos constante relacionamento com
produtores de vários tipos e escalas, e pessoalmente tenho visitado
unidades produtivas rurais, para sublinhar a relevância que atribuímos
ao Programa “Mais Produção”, comandado pelo Sistema Estadual de Produção
e Abastecimento, composto por todas as Secretarias do setor.
Neste contexto de iniciativas
importantes para a economia maranhense, destaco que na última
quinta-feira fizemos um anúncio muito positivo: um consórcio de
investidores nacionais e estrangeiros vai antecipar em dois anos a
ampliação do Terminal de Grãos do Porto de Itaqui. Com isso, a obra já
começa agora, com investimento total de R$ 130 milhões, representando
oportunidades para nossos empreendedores e trabalhadores. Apesar da
gigantesca crise global e nacional, esse expressivo investimento é mais
uma prova do reconhecimento de que estamos criando no Maranhão um
ambiente institucional positivo, fortalecendo a confiança dos
empresários na capacidade de desenvolvimento de nosso estado. Esse novo
investimento coroa um processo iniciado há 12 anos atrás, e representará
a duplicação da movimentação de grãos no TEGRAM, chegando a 10 milhões
de toneladas/ano.
Como fator determinante para esse
sucesso, está a dinâmica que imprimimos no Porto do Itaqui. Ao longo de
2015, com uma gestão séria e transparente, tiramos a Empresa Maranhense
de Administração Portuária do déficit e a levamos a um lucro de R$ 68,2
milhões, conquista que permite inclusive investimentos de grande alcance
social, como a qualificação do cais de São José de Ribamar, obra que
autorizamos na semana passada, com recursos advindos da atividade
portuária.
Amanhã em Palmas, capital do Tocantins,
vou frisar que o MATOPIBA já responde por mais da metade da produção de
grãos do Brasil. E o chamado Arco Norte aumentou de 16% para 21% sua
participação nos eixos logísticos para o exterior, tendo o Itaqui como
vértice. Com efeito, os investimentos no TEGRAM fazem parte do R$ 1
bilhão que o Porto de Itaqui vai receber de modernização nos próximos
anos. A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) vai fazer
investimento de seu caixa no valor de R$ 254 milhões para construção de
um novo berço, a finalização do berço 108 e reforma dos berços
destinados a granéis sólidos vegetais e líquidos.
Contudo, faço questão de frisar que tudo
isso faz maior sentido quanto maior for a nossa capacidade de dinamizar
a produção no território maranhense, para que o Maranhão não seja
apenas um polo logístico, mas também polo de produção e de
industrialização. É o nosso maior sonho, que haveremos de alcançar.
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