Deputados mantém em
pauta nos bastidores políticos as trocas partidárias. Faltando menos de
uma semana, negociações estão em ritmo acelerado
É muito grande o movimento de articulação nos bastidores políticos a
poucos dias do fim do fim do prazo de migração partidária estabelecido
pela Justiça Eleitoral (05 de outubro), um ano antes das eleições de
2014. Dos 42 deputados estaduais, pelo menos dez ainda podem aproveitar a
janela de transferência para mudar de partido. Mas parlamentares evitam
falar sobre o assunto e definição deve ficar para os últimos instantes.
Em geral, a decisão é
motivada por busca de custos mais baixos para próxima campanha, legendas
que exijam menor coeficiente eleitoral para sua reeleição, busca de
maior controle partidário ou simplesmente insatisfação com a atual
legenda por conta de discussões internas.
Muitos de olho nas
coligações têm optado por partidos “menos pesados”, ou seja, onde o
coeficiente eleitoral para eleger um deputado seja menor: "Para nós é
muito mais interessante ter pessoas com potencial, mas ainda sem
mandato. Esse inclusive é um diferencial do partido de criar quadros
naturais valorizando a prata da casa. O PHS está aberto a discussões que
favoreçam coligações com todos os partidos", defende o deputado
Carlinhos Florêncio, presidente do diretório estadual do PHS no
Maranhão.
O deputado Jota Pinto,
presidente estadual do Partido Ecológico Nacional no Maranhão também vem
trabalhando para reforçar seus quadros e tem feito convites, inclusive a
parlamentares com mandatos. Para o deputado Manoel Ribeiro (PTB) que
comentou a O Imparcial essa semana a possibilidade da vinda de Stênio
Rezende (PMDB) ao partido, um deputado a mais na legenda agrega.
Suspense
Em entrevistas os
deputados não revelam o destino para qual pretende mudar, mas deixam
escapar nas entrevistas o descontentamento por motivos variados com as
suas legendas. Bira do Pindaré (PT), por exemplo, não esconde que não
está nada à vontade com o seu partido. Essa semana usou a tribuna para
novamente falar de perseguição dentro do partido: “O PT cometeu mais um
ato que eu diria de perseguição e de discriminação a minha pessoa, tendo
em vista que solicitei ao partido a minha participação na propaganda
partidária gratuita e eu fui o único parlamentar dessa Casa que não tive
esta oportunidade.”, reclamou.
Entre as várias opções
oferecidas ao deputado estão o PCdoB, PSB, o Rede Sustentabilidade caso
se viabilize e até mesmo o recém registrado Partido Solidariedade.
Mas a dança dos partidos
deve ser maior mesmo na base governista com mudanças no PMDB e PSD. O
presidente estadual do PMDB no Maranhão, Remi Ribeiro já disse a O
Imparcial que aqueles que deixarem o partido não levarão os mandatos. A
declaração serviu para o deputado Afonso Manoel que retornou a sigla,
após ter anunciado filiação ao PSD.
Porém outros deputados
do PMDB, apesar de negarem, devem deixar a legenda. Fábio Braga, Stênio
Rezende e Max Barros desejam a troca. Dessa forma a legenda que conta
com a maior bancada na Assembleia Legislativa do Maranhão passaria a
contar com apenas três deputados.
Perda maior ainda pode
sofrer o PSD que conta atualmente com cinco deputados, Alexandre
Almeida, Dr. Pádua, André Fufuca, Camilo Figueiredo e Tatá Milhomem.
Destes, só o último não ameaça deixar o partido, a legenda é uma das
mais jovens na Casa, cresceu rapidamente e pode acabar a atual
legislatura sem um nenhum deputado. Já que Tatá Milhomem é suplente e
pode deixar o cargo na volta de um secretário de estado.
Além desses, também
cogitam mudanças o deputado Rigo Teles que pode deixar o PV e César
Pires que pode sair do DEM. Mas outros já decidiram-se e fizeram a
migração antes do prazo final, é o caso de Raimundo Cutrim que já havia
deixado o PSD e Othelino Neto que deixou o PPS. Ambos agora reforçam a
bancada crescente do partido comunista, somando-se a Rubens Pereira Jr.
Vale destacar que nunca em sua história no Maranhão a sigla contou com
três deputados estaduais.
Além desses, Graça Paz
que saiu do PDT e acertou sua ida para o PSL do deputado Edson Araújo e
do vereador Chico Carvalho. Sua intenção inicial era o PHS de Carlinhos
Florêncio, mas acabou decidindo-se pelos socialistas liberais junto com o
marido Clodomir Paz, também ex- PDT.
Na Câmara de São Luís, o
ritmo de migração foi consideravelmente menor, talvez porque as
eleições proporcionais do ano que vem não são municipais. Dos 31
vereadores, apenas Chaguinhas aguarda decisão do TRE para migrar do PRP
para o PSL. Inicialmente o destino do vereador seria o PEN que chegou
inclusive a oferecer suporte jurídico para que o vereador fosse liberado
na Justiça eleitoral, mas Chaguinhas parece ter driblado o presidente
estadual do PEN Jota Pinto e fechado com o PSL.
Ademar Sousa(Com informações do jornal O Imparcial)
Ademar Sousa(Com informações do jornal O Imparcial)
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