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Dr. Pedro Cardoso Costa |
Talvez tenha pensado que
seja uma empresa ou uma ONG, mas se trata da corrupção. Está presente em todos
os órgãos públicos, na imprensa todo dia, e em casos cada vez maiores e
crescentes.
Apesar de sua amplitude, em algumas
profissões ela está mais presente devido à atividade, como fiscais, agentes de
trânsito, bem como em algumas entidades, incluindo ministérios. No primeiro ano
do atual governo, sete ministros foram demitidos e nem isso inibiu a sanha das
quadrilhas. O ministério campeão é o da Previdência Social, há muito se tornou hors concours. Jorgina de Freitas, uma advogada do Rio de Janeiro, tornou-se
seu símbolo maior.
Essa corrupção aparece no órgão responsável pela compra
de fraldas, passa por prefeituras, câmaras municipais, assembleias
legislativas, chega aos ministérios, inclusive a Casa Civil, antessala da
Presidência da República. Não há meios de saber em qual dos poderes ela
sobressai. É monumental no Legislativo, no Judiciário e no Executivo. Em todos
têm a mesma operacionalidade, grassa livremente até que a imprensa denuncie,
sempre em patamares dos milhões, bilhões, causando espanto nos mesmos gestores
que se omitiram por anos ou décadas a fio, e traz a queda de
dominó como resultado imediato.
Agora em setembro de 2013, como café requentado, surgem
denúncias sobre alguns ministérios, em especial nos Ministérios do Trabalho e
da Previdência Social, dos quais caíram os ministros há dois anos.
De imediato - sempre assim - se descobre que as
empresas envolvidas estão irregulares e nem sequer poderiam contratar com o
poder público. Poderia se questionar como, com tanta tecnologia, não se tira
uma certidão instantânea que comprove a normalidade da empresa. Simples, a
corrupção é, no mínimo, ignorada, e na maioria dos casos aceita, permitida e
desejada por todos os envolvidos. Se não fosse assim, ao menos alguns empecilhos
surgiriam no seu percurso de procedimentos e alguns casos seriam impedidos.
Como não existe nenhuma iniciativa efetiva de combate, desta
vez a banalização foi no Sistema Único de Saúde – SUS. Conseguiram pagar operação
de próstata de uma mulher e parto de um homem. Ainda que se tenha evoluído para
a transformação de sexo, mas essa alteração fica no campo da anatomia. A Ciência
ainda não conseguiu mudar a genética a esse ponto.
Qualquer programa primário, até fútil, conseguiria
impedir automaticamente o registro de um parto masculino ou o pagamento de uma
cirurgia prostática feminina. No governo federal isso é impossível. Ainda foi
coroado com justificativas eloquentes e por promessas de programas
avançadíssimos, com tecnologia de última geração, capazes de detectar situações
supercomplexas, como o parto de um homem e a próstata de uma mulher.
Enquanto não se estancar essa sangria, não adianta
colocar mais dinheiro na Saúde, defendida por muita gente interessada em aumentar
a natalidade masculina. Nem deu para falar da corrupção das políticas públicas
oficiais, como a contratação de empresas especializadas em servir cafezinhos. Com
essa indústria fomentada da corrupção, ninguém tem o direito de se espantar com
os R$ 4 bilhões anuais indo pelo ralo, apenas no Ministério da Previdência Social,
consumidos pela maior instituição brasileira de todos os tempos: a corrupção
generalizada.
Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP
Bacharel em direito
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"TODA CRIANÇA DE RUA TEM UM RESPONSÁVEL QUE A ABANDONOU"
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