A presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputada
Valéria Macedo (PDT), destacou na sessão desta quinta-feira (5), a
realização de uma audiência pública - a ser agendada posteriormente -
para discutir a saúde no município de Rosário.
Na última terça-feira, Valéria Macêdo, Francisca Primo (PT) e
Eliziane Gama (PPS) foram àquela cidade, atendendo a uma solicitação da
Câmara Municipal, ocasião em que a prefeita Irlahi Moraes (PMDB), a
secretária de Saúde, Mauricéia, vereadores e membros do Conselho
Municipal de Saúde relataram as péssimas condições na saúde,
especificamente na Unidade Mista que, apesar de ter sido interditada
pela Vigilância Sanitária do município e pelo Ministério Público, está
funcionando sem as mínimas condições de atendimento.
“Há desrespeito em relação às recomendações da Vigilância Sanitária e
do Ministério Público que fecharam essa unidade por não ter condições
de realizar principalmente os partos, cirurgias eletivas e por não ter
equipamentos para fazer um atendimento de urgência e emergência”, disse
Valéria Macedo.
A parlamentar também destacou a importância de se discutir
tecnicamente o SUS para a região do Munim, que compreende os 12
municípios, bem como a adesão para que Rosário seja um município de
referência, uma vez que o município é a porta de entrada para a região.
Além disso, está em andamento a implantação de uma UPA regional.
Ao participar de uma reunião no legislativo municipal, os vereadores
externaram preocupação com a população que não está recebendo
atendimento digno e de qualidade. Eles afirmaram que o cidadão
rosariense recorre a São Luís nos casos de atendimento de média e alta
complexidade. Também disseram que o último parto em Rosário ocorreu em
29 de dezembro de 2012, por causa da falta de infraestrutura para
atendimento das gestantes. “Essa unidade mista precisa de reforma,
novos equipamentos e de profissionais especializados para que o
município de Rosário possa dar realmente um tratamento de qualidade aos
munícipes”, defendeu.
Os membros do Conselho Municipal de Saúde também denunciaram duas
clínicas particulares que, segundo eles, recebem convênios do Estado,
mas não atendem a Rede SUS. Também reclamaram do atendimento na rede
básica que, pela falta de médicos e medicamentos, muitos pacientes são
obrigados a procurar outros municípios.
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