20 novembro, 2012

Milhomem defende secretários e clama por mais lealdade entre parlamentares

 

O deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) ocupou parte do grande expediente da sessão ordinária desta segunda-feira (20) para rebater críticas do colega Hélio Soares (PP) acerca do uso indevido das secretarias de Estado para promoção pessoal e eleitoreira de alguns políticos. Milhomem denunciou práticas políticas  no Maranhão, consideradas por ele “esdrúxulas e duvidosas”.   

Em seu pronunciamento, Milhomem deixou claro que não foi à tribuna para acusar os secretários de Estado, pois  até aceita a tese da deslealdade de muitos com os seus companheiros de parlamento. “Entretanto, é preciso que se diga que essa deslealdade não é só de deputado/secretário,  e sim de deputado/deputado”, afirmou.  

O parlamentar confessou que tem visto, ao longo dos anos, companheiros serem massacrados por pessoas ou por colegas que poderiam ter uma melhor postura. “Vi a luta dos deputados Arnaldo Melo,  Manoel Ribeiro e de tantos outros colegas, que na peleja honesta procuraram se reeleger para o Parlamento Estadual”, disse.

Para Carlos Alberto Milhomem, nada se faz em uma Secretaria de Estado que não seja com aval do governador ou governador em exercício. Ele entende que não podemos jogar a culpa nos secretário de Estado, mas sim no chefe do Executivo, se assim o fosse.

PRÁTICAS DIVIDOSAS

No pronunciamento, Milhomem denunciou que muitos colegas deputados já tiveram prefeitos tomados na marra, para votar em cicrano ou beltrano. “Na minha primeira eleição, pediram, positivamente, que eu me afastasse de cinco prefeituras. “Assim foi na segunda, na terceira, na quarta e na minha quinta eleição”, lamenta.   

Na avaliação de Milhomem, isso é que é uma prática duvidosa e esdrúxula. Ele citou como exemplo o deputado Raimundo Louro (PR), que tem que fazer jus aos votos e ao apoio que recebeu da população e da classe política do município de Trizidela do Vale, na região do Médio Mearim, e não ceder aos apelos do governador.  

 “Quando eu disse olho por olho, dente por dente, é porque estou acostumado a ver esse arroubo, esse arranco, esse avanço e na hora arredar.  Estou falando com muita clareza, até porque já disse não sou candidato a nada e quero apenas ajudar, se possível for. Ou a Assembleia Legislativa e os deputados engrossam o cangote ou a vaca vai para o brejo”, disse.

Agência Assembleia

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