
O deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) ocupou parte do grande
expediente da sessão ordinária desta segunda-feira (20) para rebater
críticas do colega Hélio Soares (PP) acerca do uso indevido das
secretarias de Estado para promoção pessoal e eleitoreira de alguns
políticos. Milhomem denunciou práticas políticas no Maranhão,
consideradas por ele “esdrúxulas e duvidosas”.
Em seu pronunciamento, Milhomem deixou claro que não foi à tribuna
para acusar os secretários de Estado, pois até aceita a tese da
deslealdade de muitos com os seus companheiros de parlamento.
“Entretanto, é preciso que se diga que essa deslealdade não é só de
deputado/secretário, e sim de deputado/deputado”, afirmou.
O parlamentar confessou que tem visto, ao longo dos anos,
companheiros serem massacrados por pessoas ou por colegas que poderiam
ter uma melhor postura. “Vi a luta dos deputados Arnaldo Melo, Manoel
Ribeiro e de tantos outros colegas, que na peleja honesta procuraram se
reeleger para o Parlamento Estadual”, disse.
Para Carlos Alberto Milhomem, nada se faz em uma Secretaria de Estado
que não seja com aval do governador ou governador em exercício. Ele
entende que não podemos jogar a culpa nos secretário de Estado, mas sim
no chefe do Executivo, se assim o fosse.
PRÁTICAS DIVIDOSAS
No pronunciamento, Milhomem denunciou que muitos colegas deputados já
tiveram prefeitos tomados na marra, para votar em cicrano ou beltrano.
“Na minha primeira eleição, pediram, positivamente, que eu me afastasse
de cinco prefeituras. “Assim foi na segunda, na terceira, na quarta e na
minha quinta eleição”, lamenta.
Na avaliação de Milhomem, isso é que é uma prática duvidosa e
esdrúxula. Ele citou como exemplo o deputado Raimundo Louro (PR), que
tem que fazer jus aos votos e ao apoio que recebeu da população e da
classe política do município de Trizidela do Vale, na região do Médio
Mearim, e não ceder aos apelos do governador.
“Quando eu disse olho por olho, dente por dente, é porque estou
acostumado a ver esse arroubo, esse arranco, esse avanço e na hora
arredar. Estou falando com muita clareza, até porque já disse não sou
candidato a nada e quero apenas ajudar, se possível for. Ou a Assembleia
Legislativa e os deputados engrossam o cangote ou a vaca vai para o
brejo”, disse.
Agência Assembleia
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