Magistrado disse que corrupção é
“nociva, indigesta e cheira mal”
Ao tomar posse na quarta-feira (15), como
presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe) – entidade que
congrega cerca de dois mil magistrados, inclusive Sérgio Moro, do Paraná –
Roberto Veloso garantiu que a entidade não irá permitir qualquer ingerência no
trabalho dos juízes federais na Operação Lava Jato.
O
juiz federal maranhense fez questão de ressaltar os males causados pela
prática da corrupção no país. “Não há nada mais injusto contra o fraco
oprimido do que a corrupção. Ela é nociva, carcomida, indigesta, cheira
mal”,
disse.
Veloso acrescentou: “a corrupção
tira as crianças das escolas, nega-lhes a merenda escolar, enche os corredores
dos hospitais, avilta os vencimentos dos servidores, a iniciativa privada se
deteriora e o serviço público como um todo é pessimamente prestado”.
Segundo o novo presidente da
Ajufe, a atividade criminosa vai se entranhando pelas estruturas e atinge o
âmago das instituições, destruindo tudo, igual a cupim em madeira apodrecida.
“A sociedade brasileira não
merece mais conviver com os recursos arrecadados dos seus tributos sendo
desviados para fins escusos”.
Roberto Veloso disse que durante
a sua gestão vai lutar para que entrem em funcionamento no país mais quatro
Tribunais Regionais Federais: Amazonas, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Ele
lembrou que há três anos foi aprovada a Emenda Constitucional 73, mas há mais
de 1000 dias uma liminar do então ministro Joaquim Barbosa impede a instalação
das novas cortes federais.
Gilberto Lima
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