07 junho, 2016

Flávio Dino comenta pedidos de prisão e vê “crise terminal” na política

"Para os maranhenses com certeza não é algo que surpreenda, porque há muito tempo infelizmente essas lideranças políticas têm se dedicado a um tipo de política em que a má utilização dos recursos públicos é uma constante", afirmou Dino.
 
 
Brasil 247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou nesta terça-feira 7 os pedidos de prisão feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Cunha e José Sarney, ex-presidente da República e ex-governador do Estado.

"Para os maranhenses com certeza não é algo que surpreenda, porque há muito tempo infelizmente essas lideranças políticas têm se dedicado a um tipo de política em que a má utilização dos recursos públicos é uma constante", afirmou Dino, em referência a Sarney, durante cerimônia que entregou novas viaturas à polícia.

Ele passou, no entanto, uma mensagem otimista. O pedido de prisão é "algo assustador, impactante, mas ao mesmo tempo sinaliza uma renovação da política brasileira, com novas práticas, novas posturas. A partir dessa devassa que a Lava Jato tem promovido, é necessário ter a capacidade de constituir novos blocos de poder, novas lideranças, para que possamos recompor as instituições brasileiras".

"Estamos vivendo o fim de uma página da figura brasileira", prosseguiu o governador. Segundo Dino, "quando lideranças influentes como Sarney, Renan e Jucá são alvos de pedido de prisão é sinal de que temos uma crise terminal nesse sistema político".

"Porque acho que a questão de fundo é essa: a democracia perdeu completamente a sua funcionalidade porque quando lideranças influentes como Sarney, Renan e Jucá são alvos de pedido de prisão mostra que, ao meu ver, temos uma crise terminal nesse sistema político que se constituiu sobretudo a partir do fim da ditadura militar", finalizou.

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