22 maio, 2020

Auxílio emergencial pode ser estendido com valor do Bolsa Família

Secretários do Ministério da Economia comentaram os impactos das medidas econômicas contra os efeitos da covid-19 nas contas públicas

O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, disse nesta 5ª feira (21.mai.2020) que o governo federal vai chegar a uma “solução intermediária” sobre a extensão do auxílio emergencial de R$ 600. A solução seria reduzir o valor para a mesma quantia paga aos beneficiários do Bolsa Família, cujo benefício médio foi de R$ 191,86 em março.

O auxílio é pago aos trabalhadores informais e pessoas de baixa renda prejudicados pelos impactos da pandemia de covid-19 na economia. Quem tem direito precisa estar inscrito do cadastro social do governo e no Bolsa Família, ou fazer o pedido pelos canais de atendimento da Caixa Econômica Federal.

O pagamento está previsto para ser efetuado em 3 parcelas, por 3 meses (abril, maio e junho). A equipe econômica tem sido pressionada para que o benefício seja prorrogado, dada a imprevisibilidade sobre o fim da pandemia de covid-19.

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O secretário Waldery Rodrigues disse que a pasta chegará a uma “solução intermediária”, mas “não com o mesmo perfil de hoje”, afirmou. O ministro Paulo Guedes (Economia) já disse que o valor pode cair para R$ 200.

“Chegaremos a uma solução intermediária, não com o mesmo perfil de hoje. E uma possibilidade, o referencial [de valor do auxílio emergencial], é exatamente o valor trazido pelo Bolsa Família”, declarou Waldery Rodrigues.

O auxílio emergencial tem custado próximo de R$ 151,5 bilhões em 3 meses. Quando foi aprovado, a projeção inicial era de que o governo teria despesas de R$ 98,2 bilhões no período.

“Como são em 3 parcelas, dá uma média de R$ 51,5 bilhões por mês. Portanto, é 1 auxílio que tem custo relevante para a sociedade. Ele é, por exemplo, mais que o Bolsa Família do ano todo. O auxílio emergencial de 1 mês custa mais que o Bolsa Família do ano todo”, declarou Waldery Rodrigues.

A equipe econômica foi orientada pelo ministro Paulo Guedes a atender aos mais vulneráveis, mas com “olhar diligente e cauteloso em relação à situação fiscal”, segundo o secretário. “Neste momento de pandemia em que há uma alta imprevisibilidade de quando será o seu término, nós estamos atentos para que o auxílio emergencial siga, mas de forma adequada a cada momento”, afirmou.

O secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, disse que o benefício custa mais da metade do destinado à “Esplanada para fazer os programas livres”, o chamado Orçamento discricionário. Sobre o aumento dos gastos, ele declarou que, apesar de não haver limite para o endividamento público, o auxílio é pago pela sociedade em momento fragilidade fiscal. “O auxílio hoje é custo, nos preocupa continuar, mas precisamos avaliar as condições da crise”, declarou Guaranys.

Poder 360

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