11 maio, 2020

Bolsonaro defende academias e salões de cabeleireiro como serviços essenciais: “saúde é vida”

Em declaração a jornalistas no início da noite, ele anunciou um decreto que definirá essas atividades como essenciais e, portanto, determinará a abertura desses comércios. “Higiene é vida. Ficar em casa vai prejudicar a saúde também, se puder ir para a academia vai ficar mais saudável” 

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
247 - Jair Bolsonaro disse a jornalistas na noite desta segunda-feira (11) que assinou decreto que estabelece salões de cabeleireiro de academias como serviços essenciais e que, portanto, podem voltar a funcionar durante a pandemia de Covid-19. A decisão de Bolsonaro prejudica a estratégia de prefeitos e governadores que tentam diminuir a circulação de pessoas nas ruas.

"Saúde é vida, salão de beleza e cabeleireiro também, porque isso é higiene, isso é vida", disse Bolsonaro, dizendo que pensa em decretar mais serviços como essenciais daqui alguns dias. "Tenho na cabeça, mas vamos esperar ver o que acontece nessas de hoje para ver as demais". Para justificar a abertura de academias, Bolsonaro falou ainda que ficar em casa também irá prejudicar a saúde das pessoas.

Ele voltou a defender que o isolamento social seja aplicado de forma a não prejudicar a economia. "A questão da vida, do vírus, tem que ser tratada paralelamente com a questão do emprego, porque o desemprego que está acontecendo aí em massa já vai ser difícil de ser recuperado. Sem economia não tem vida, não tem material para hospital, não tem transporte. Cada percentual que se aumenta no número de desempregados a violência cresce também, morre gente por outras causas. Deixo bem claro: a decisão de fechar o comércio pertence ao governador e prefeito, segundo decisão do STF. A minha responsabilidade nós temos feito, mandar bilhões de reais a estados e municípios, é ajudar a economia".

Sobre as mais de 11 mil mortes no Brasil em decorrência da Covid-19, Bolsonaro se limitou a dizer: "eu lamento cada morte que ocorre a cada hora, lamento".

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