Evandro
Costa perdeu audição em ação da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) que terminou
na morte da filha dele, Emilly Caetano. Tratamento foi acordado após encontro
da família com o governador.
A família da menina Emilly Caetano da
Costa, morta com dois tiros nas costas durante uma abordagem policial, esteve
nesta segunda-feira (8) em uma reunião com o governador Wellington Dias (PT). A
partir da reunião ficou definido o auxílio na realização de um tratamento
especializado no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) para o pai de Emilly,
Evandro Costa, que foi atingido com tiro na cabeça e perdeu a audição do ouvido
esquerdo. As informações foram repassadas pelo advogado da família, Tales Cruz.
De acordo com advogado, o governador
Wellington Dias se colocou a disposição da família e lamentou a morte da menina
Emilly.
"O Evandro passará por uma análise
médica para verificar se de fato ele perdeu a audição do ouvido esquerdo, caso
seja reversível, o cantor receberá tratamento especializado no CEIR”, contou.
O advogado contou ainda que o governador
pediu para seus secretários verificarem a possibilidade do governo
disponibilizar para a família uma renda mensal. "Evandro não tem feitos
shows e encontra-se com dificuldade para sustentar a esposa e as outras duas
filhas.", relatou o advogado.
A família também poderá ter uma casa, já
que foram abrigados na residência do sogro desde o dia do crime. Conforme o
advogado, os pais da menina possuem uma casa, mas não conseguiram retornar à
moradia devido a saudades da filha.
“O governador pediu para conseguirem uma
casa para a família através da Agência de Desenvolvimento Habitacional porque
eles estão morando com sogro que também passa por necessidades”, informou.
Entenda
o caso
O cantor Evandro Costa e a família
saíram de casa para comprar açaí para uma das filhas e teve o carro perseguido
pela Polícia Militar, no dia 25 de dezembro de 2017. De acordo com delegado
Francisco Costa, o Barreta, a família recebeu ordem de parada e teve o carro
atingindo por cincos disparos efetuados pelo soldado Aldo Dornel.
O soldado Aldo Dornel está preso no
Presídio Militar desde o dia 26 de dezembro quando foi apontado como autor do
disparou que além de matar a menina Emilly também atingir os pai da criança. A
mãe da menina, a dona de casa Daiane Caetano, sofreu um tiro no braço, e o pai,
o cantor Evandro Costa, foi atingido na cabeça e perdeu a audição do ouvido
esquerdo. A menina Emilly foi atingida pelas costas e morreu no Hospital de
Urgência de Teresina (HUT).
Em 2010, quando ingressava na Polícia
Militar, o soldado reprovou no exame psicotécnico. O exame apontou que o
soldado tinha deficiências de controle emocional, ansiedade, impulsividade e
disciplina. Uma liminar garantiu que Aldo e mais cinco reprovados conseguissem
entrar na PM.
A liminar foi revogada seis anos mais
tarde pelo juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, mas o PM continuou trabalhando. O
comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto Gomes
disse que a instituição ainda não foi informada da decisão.
O caso foi investigado pela Delegacia de
Homicídios, que concluiu o inquérito policial na sexta-feira (5) e o encaminhou
para a Vara de Inquéritos do Tribunal de Justiça. Um Inquérito Policial Militar
também foi aberto no âmbito da corporação.
Informações do G1 PI, Gilberto Lima
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