A
Polícia Civil, por meio da Superintendência Especial de Combate a Corrupção do
Maranhão (Seccor), prendeu na manhã desta quinta-feira (20) Nilce de Jesus
Farias Ribeiro (PMDB), atual prefeita do município de Guimarães, a 418 km de
São Luís, por suspeita de fraude em licitações e lavagem de dinheiro na
Prefeitura. Nilce Farias foi candidata à releição em Guimarães, mas foi a
terceira colocada com 1.060 votos (14,18%).
Além
da prefeita, também foram presos pela a polícia Carlane de Jesus Farias Ribeiro
que é filha de Nilce de Jesus e secretária de Finanças do Município, Railson de
Assis Pereira Sodré que é genro da prefeita e também pregoeiro da Prefeitura de
Guimarães, Douglas Pereira Ribeiro, empresário contratante com o município
maranhense, e Francivaldo Martins Piedade, conhecido como “Buíu” em Guimarães.
“Buíu” já foi presidente da Comissão de Licitação da Prefeitura de Guimarães e
está sendo trazido para a capital maranhense.
Segundo
informações do delegado da Polícia Federal, Ricardo Moura, os cinco suspeitos
respondem a, pelo menos, quatro crimes contra a Administração Pública. “São
fraudes contra a licitação, crimes licitatórios no caso, mais de um delito,
lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa também”, revelou.
Ainda
conforme o delegado, as investigações remontam ao primeiro ano de gestão da
prefeita de Guimarães. “Já no ano de 2013 várias fraudes em processos
licitatórios. Essas fraudes eram diversas. Eram desde o direcionamento dos
contratos para empresas já pré-escolhidas pelos gestores como o uso de
documento falso nesses contratos e, também possível superfaturamento de preço
desses contratos inicialmente investigados”.
O
delegado Ricardo Moura disse que a partir de agora será dado um novo passo as
investigações onde serão interrogados os suspeitos, avaliados dados bancários a
partir dos materiais apreendidos e, caso seja necessário, pedido uma prisão
preventiva a todos os envolvidos.
“Agora
vai ser dado um novo passo as investigações. Vamos interrogar todos os
suspeitos. Vamos trabalhar os dados bancários e fiscais. Vamos fazer um
trabalho em cima dos documentos e computadores que estão sendo apreendidos.
Vamos também definir se vai ser necessária prorrogação dessa prisão temporária
ou uma conversão em preventiva ou mesmo se vai ser pedido o afastamento da
prefeita”, finalizou.
Sobre
a prisão de Nilce de Jesus Farias Ribeiro, Paulo Humberto Castelo Branco,
advogado da prefeita, da filha e do genro dela disse que ‘considerou a prisão
descabida porque disse que a prefeita sempre que citada, assim como os outros
suspeitos, prestaram os devidos esclarecimentos. Então, ele não vê a
necessidade da prisão se dar nesse momento. Disse também que as irregularidades
são meramente formais e não condizem necessariamente a fraudes, a crimes como
se observa nas investigações. Além disso, o advogado citou o fato de que em
praticamente todas as Prefeituras do Maranhão essa é uma situação corriqueira’.
Os
cinco presos serão levados nesta tarde para o Complexo Penitenciário de
Pedrinhas, na capital, para cumprirem prisão temporária de cinco dias.
Informações
do G1 Maranhão
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