02 julho, 2015

Pacto fortalece ensino médio e provoca reviravolta no Maranhão

 
  
Orientadores da URE ( Unidade Regional de Educação) de Barra do Corda que tem a frente a gestora Eva Nunes  se Destacaram na formação do PNEM Pacto Nacional pelo fortalecimento do ensino médio em São Luis.
 
Barra do Corda, município maranhense de 90 mil habitantes a 460 km de São Luís, três das seis escolas públicas do ensino médio estão enfrentando um problema inédito: a pressão da lista de espera de alunos pela matrícula. Enquanto isso, as escolas privadas da cidade lutam para sobreviver.
 
Essa reviravolta recente se deve à melhoria do atendimento, da gestão pedagógica e da qualidade do ensino da rede, que foi reforçada pelo Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (Pnem). Desde que o Pacto passou a trabalhar a formação continuada dos docentes desse nível de ensino, os professores modernizaram suas práticas pedagógicas, as aulas se tornaram mais estimulantes, os alunos ficaram mais motivados e a boa fama das escolas se espalhou pela cidade. 

“O Pacto trouxe uma sistematização do ensino e do estudo, com a presença de coordenadores pedagógicos dentro das escolas, cadernos de formação muito bons, o que provocou uma verdadeira mudança na postura e no olhar dos professores e dos alunos”, diz Lindalva Maciel, professora da Universidade Federal do Maranhão e coordenadora-geral do Pnem no estado.
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A mudança está atingindo todos os 217 municípios maranhenses. Segundo a secretária estadual de Educação, Áurea Prazeres, a distorção idade-série no Maranhão atinge assustadores 30%. Ao mesmo tempo, o abandono e a reprovação, juntos, chegam a 25% dos 222 mil estudantes matriculados do ensino médio. Mas, para ela, isso também vai mudar: “Com certeza esses números vão diminuir, porque os alunos estão voltando para o ensino médio”. Embora os dados definitivos só estejam disponíveis no final deste ano, a secretária revela que, em 2015, houve um crescimento de 20 mil novas matrículas nesse nível de ensino.



“Quando o Pacto chegou ao Maranhão fez toda a diferença porque, aqui no estado, nunca houve uma política de formação continuada dos professores do ensino médio”, diz Áurea. “O Pacto promoveu uma mobilização e um entusiasmo nunca antes vividos na rede. Houve um efeito direto na escola e nos alunos.”

Protagonismo – Para a coordenadora de formação continuada da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Mirna Araújo, um dos principais resultados do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio foi que ele permitiu que os estudantes se tornassem protagonistas do processo de aprendizagem. “Essa é a estratégia pedagógica do Pnem: a de reconhecer e estimular o aluno como participante ativo do processo, que toma a iniciativa de trabalhos na escola e que traz a comunidade e seus saberes para dentro da escola, que se transforma num espaço de ensino e cultura”, diz ela.

Na tarde desta terça-feira, 30, Mirna Araújo falou para cerca de 850 professores e profissionais de educação que estão participando, em São Luís, do 3º Seminário Estadual de Formação Continuada no Âmbito do Pnem, sobre os processos de gestão, controle e mobilização social no Pacto do Ensino Médio. O encontro está acontecendo no Centro Pedagógico Paulo Freire, da Universidade Federal do Maranhão, e prossegue até quinta-feira, 2 de julho.

Estão programadas para esta quarta-feira, 1º de julho, quatro mesas, que tratarão da organização do trabalho pedagógico no ensino médio na perspectiva de reescrita do projeto político pedagógico na escola; do processo formativo na escola mediado pelo gestor escolar e pelo orientador de estudo; e da articulação entre conhecimentos das diferentes disciplinas e áreas, a partir da realidade escolar, com foco nas ciências humanas e da natureza.
Assessoria de Comunicação Social do MEC

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