No dia dedicado a lembrar o drama dos
refugiados no mundo, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística IBGE expõem uma realidade assustadora: Pelo menos um milhão
e duzentos mil maranhenses saíram compulsoriamente do estado em busca
de melhores condições de vida em outras unidades da federação.
Os números foram divulgados no ano
passado pelo IBGE. De acordo com o instituto, o Maranhão é o estado com
maior taxa de evasão migratória do país, seguido por Alagoas, ambos com
taxa negativa de 2,5.
Ruralização do estado e demografia desordenada em São Luís.
As razões para a alta taxa expulsória no
estado são explicadas pelo próprio IBGE. Desde o Censo de 2010, o
Instituto de Geografia e Estatística vem apresentando dados que colocam o
Maranhão com os piores índices sociais do Brasil, que deixam o estado
na situação vexatória de possuir o maior índice de ruralização do país.
Desvalidos do campo, trabalhadores
rurais sem apoio para plantar, jovens sem acesso a educação, moradores
sem condições de saúde, acabam optando por buscar alternativas em
outros estados. Até a capital São Luís, antes refúgio de milhares de
maranhenses, tem sofrido um esgotamento na recepção aos refugiados do
campo. Na capital maranhense, já há visíveis sinais de um processo de
favelização, resultado da desordenada chegada de pessoas do interior que
ocupam espaços invadidos e sem estrutura na periferia da cidade.
Viúvas de maridos vivos: escassez de pessoas do sexo masculino no Maranhão
Em alguns municípios do interior, o
sinal claro de que os maranhenses estão indo embora, é o déficit
crescente de pessoas do sexo masculino em algumas cidades do interior
do estado, a maioria dessas pessoas são pais de família que buscam
trabalho fora para garantir o sustento dos familiares que ficam no
Maranhão. Segundo o IBGE, apenas 24,23% dos maranhenses que deixam o
estado, retornam. o que significa que há milhares de mães e filhos
abandonados por maridos e pais no Maranhão.
Maranhão da Gente
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