19 junho, 2013

Tatá Milhomem avalia que protestos são sinais da insatisfação pública


O deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) proferiu discurso, na manhã desta terça-feira (18), destacando as manifestações de protesto realizadas nesta segunda-feira (17), em diversas capitais brasileiras.

“O que temos visto são alguns sinais já muito claros, efetivos, da insatisfação pública contra o que vem acontecendo em nosso país. Não é uma mera fagulha que saiu de uma fogueira em São Paulo, que é o aumento das passagens, míseros 0,20 centavos que está levando os jovens a irem à praça pública, o que está fazendo os jovens a irem à praça pública. São os desgovernos, pela falta de autoridade”, afirmou Milhomem na tribuna.

Ele questionou o funcionamento das instituições nacionais, frisando que cresce o descrédito da população em relação aos órgãos públicos e às autoridades, de uma maneira em geral.

“Falta autoridade, falta planejamento. E queira Deus que não venham com esta primavera árabe para o Maranhão”, frisou Milhomem, informando ter recebido o resultado de uma pesquisa que retrata a insatisfação do povo de São Luís em relação ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

“O senhor Prefeito, um jovem esperançoso e que se eu fosse eleitor de São Luís tinha votado nele, que não venha a decepcionar, nossas ruas continuam esburacadas, as conversas continuam as piores possíveis sobre as coisas públicas desta cidade”, declarou o deputado.

Em relação às manifestações de protesto havidas em diversos Estados, Milhomem disse que a culpa não é da polícia. “Eu não culpo a Polícia, às vezes, pelos desmandos, ninguém combate algum movimento jogando flores, às vezes, tem que ter uma reação, mas o que nós temos que combater, combater sim, são as causas deste movimento. Nós vemos uma Justiça inerte, uma Justiça, às vezes, amarrada e uma Justiça que segue leis draconianas, leis totalmente ultrapassadas”, enfatizou.

Milhomem criticou ainda o que considera errado no governo federal: o excesso de órgãos e ministérios: “Dizer que não tem dinheiro neste país, não tem dinheiro para trabalhar, mas tem dinheiro para se criar 39 ministérios”, frisou.

O deputado lembrou que, nesta segunda-feira (17), participou de uma audiência pública sobre terras indígenas do Maranhão e voltou a criticar o projeto da Funai que prevê a ampliação de terras indígenas no Estado.

“Quanta imoralidade existe e eu trabalhei 10 anos na Funai. Posso falar, tenho autoridade para falar e conheço o assunto. É imoralidade, imoralidade de alguns antropólogos importados, de alguns antropólogos que vivem a custa disso. Então, é preciso que nós respeitemos o povo, é preciso que nós demos condição ao povo de viver dignamente, o povo não precisa brigar por causa de uns míseros centavos, ele está brigando por isso porque este dinheiro é muito para ele”, ressaltou Milhomem, alertando que as autoridades devem estar atentas ao clamor da população. 

Agência Assembleia

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