O deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) proferiu discurso, na manhã
desta terça-feira (18), destacando as manifestações de protesto
realizadas nesta segunda-feira (17), em diversas capitais brasileiras.
“O que temos visto são alguns sinais já muito claros, efetivos, da
insatisfação pública contra o que vem acontecendo em nosso país. Não é
uma mera fagulha que saiu de uma fogueira em São Paulo, que é o aumento
das passagens, míseros 0,20 centavos que está levando os jovens a irem à
praça pública, o que está fazendo os jovens a irem à praça pública. São
os desgovernos, pela falta de autoridade”, afirmou Milhomem na tribuna.
Ele questionou o funcionamento das instituições nacionais, frisando
que cresce o descrédito da população em relação aos órgãos públicos e às
autoridades, de uma maneira em geral.
“Falta autoridade, falta planejamento. E queira Deus que não venham
com esta primavera árabe para o Maranhão”, frisou Milhomem, informando
ter recebido o resultado de uma pesquisa que retrata a insatisfação do
povo de São Luís em relação ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
“O senhor Prefeito, um jovem esperançoso e que se eu fosse eleitor de
São Luís tinha votado nele, que não venha a decepcionar, nossas ruas
continuam esburacadas, as conversas continuam as piores possíveis sobre
as coisas públicas desta cidade”, declarou o deputado.
Em relação às manifestações de protesto havidas em diversos Estados,
Milhomem disse que a culpa não é da polícia. “Eu não culpo a Polícia, às
vezes, pelos desmandos, ninguém combate algum movimento jogando flores,
às vezes, tem que ter uma reação, mas o que nós temos que combater,
combater sim, são as causas deste movimento. Nós vemos uma Justiça
inerte, uma Justiça, às vezes, amarrada e uma Justiça que segue leis
draconianas, leis totalmente ultrapassadas”, enfatizou.
Milhomem criticou ainda o que considera errado no governo federal: o
excesso de órgãos e ministérios: “Dizer que não tem dinheiro neste país,
não tem dinheiro para trabalhar, mas tem dinheiro para se criar 39
ministérios”, frisou.
O deputado lembrou que, nesta segunda-feira (17), participou de uma
audiência pública sobre terras indígenas do Maranhão e voltou a criticar
o projeto da Funai que prevê a ampliação de terras indígenas no Estado.
“Quanta imoralidade existe e eu trabalhei 10 anos na Funai. Posso
falar, tenho autoridade para falar e conheço o assunto. É imoralidade,
imoralidade de alguns antropólogos importados, de alguns antropólogos
que vivem a custa disso. Então, é preciso que nós respeitemos o povo, é
preciso que nós demos condição ao povo de viver dignamente, o povo não
precisa brigar por causa de uns míseros centavos, ele está brigando por
isso porque este dinheiro é muito para ele”, ressaltou Milhomem,
alertando que as autoridades devem estar atentas ao clamor da população.
Agência Assembleia
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