28 maio, 2013

CNJ analisa proposta de Flávio Dino para criação de varas especializadas em Saúde‏


O Conselho Nacional de Justiça analisa nesta terça (28) o pedido de criação de varas especializadas no atendimento a processos relacionados ao direito à saúde, proposta apresentada em 2012 por Flávio Dino.

Entre as providências pedidas por Flávio Dino ao CNJ, foi solicitado que seja editada uma resolução que determine aos tribunais a especialização de varas para processar e julgar ações que tenham por objeto o direito à saúde.

O pedido foi feito pelo presidente da Embratur em abril do ano passado, após a morte de seu filho de 13 anos de idade em um hospital em Brasília/DF. A relatoria do pedido de providências é do conselheiro Ney Freitas.

Ex-secretário geral do CNJ durante a primeira gestão do Conselho, Flávio Dino fez o pedido para que os cidadãos que passem por situações de falhas em atendimento tenham o direito à saúde garantido. A tutela jurídica é uma das seguranças que os cidadãos poderão ter de discutir no Poder Judiciário casos de mau atendimento em redes hospitalares públicas e privadas.

Em entrevistas sobre o assunto, Flávio Dino deu como exemplos outros direitos garantidos pela Constituição Federal que passaram a ser mais respeitados após a criação de varas especializadas. É o caso da Lei Maria da Penha, com a criação das delegacias especializadas em atender mulheres vítimas de agressão doméstica. Outro caso são os Procons, que defendem o direito dos consumidores.

“No caso de erros cometidos por médicos e hospitais, a vítima não tem a quem recorrer, senão à Polícia. E o mau atendimento pode não caracterizar, necessariamente, um crime. Daí a importância do tratamento especializado”, disse Flávio Dino. “Os juizados especiais de trânsito são outro exemplo de eficácia promovida pela especialização”, complementa.

No pedido apresentado ao CNJ, Flávio Dino salientou o grande número de reclamação na Justiça de mau atendimento por parte dos planos de saúde, que lideram os rankings de reclamação aos Procons. Outro dado importante é que há, no Brasil, mais de 240 mil ações judiciais relacionadas a Saúde. A maior parte delas está relacionada com acesso a medicamentos, vagas em hospitais públicos e ações movidas por usuários de planos privados.
 
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reúne-se, nesta terça (28), a partir das 9h, para sua 170ª Sessão Ordinária. A pauta deve julgar outros 81 casos.
com informações Agência CNJ  Notícias

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