
° Artigo do governador Flávio Dino
Todos os dias estamos sendo surpreendidos por uma novidade no cenário
nacional. Por exemplo, estarrecedores diálogos mostram casos em que um
juiz orientou a acusação, fabricou provas, montou estratégias de
comunicação, ou seja, violou a imprescindível imparcialidade, provando a
inexistência de um julgamento justo. Por outro lado, falsos e precários
líderes políticos têm levantado a voz diariamente contra um ou outro
grupo, tentando gerar conflitos perenes, em vez de semearem a união em
prol do bem comum.
O caminho da Nação tem que ser outro. Em primeiro lugar, precisamos
de uma ética da legalidade. Legalidade autêntica, para todos, sem
casuísmos. Não a “ética” de fariseus, que gritam contra a corrupção mas
se ocupam em corromper a Justiça, para obterem nomeação a cargos,
dinheiro em palestras bem pagas, fama oca e efêmera. A luta contra o
desvio de recursos públicos deve continuar, porém sem abusos ou
instrumentalização politico-partidária. E sem afetar nossas empresas e
nossa soberania energética. Quem tem de pagar pelos crimes são as
pessoas que os cometeram, mas a continuidade das empresas deve ser
preservada, pois são patrimônio do Brasil.
De outra face, precisamos enfrentar a pauta da recessão, que ameaça o
Brasil, e do desemprego, que desespera as famílias de 13 milhões de
brasileiros. O país precisa de uma agenda de crescimento, que faça o
dinheiro voltar a circular na economia. E não que fique apenas rendendo
lucros bilionários aos bancos pelo pagamento de juros estratosféricos.
Precisamos da retomada de investimentos públicos, a partir de um
diálogo produtivo entre todas as esferas da Federação, que nos permita
intensificar obras que geram empregos e ampliam serviços à população. É
urgente uma Reforma Tributária que combata a desigualdade e a cruel
concentração de renda no país, uma das maiores corrupções que nos
assolam. Só com mais justiça social teremos desenvolvimento sustentável.
E só há justiça social quando o 1% mais rico da população é
adequadamente tributado, sem os escandalosos privilégios atualmente
concedidos a lucros, dividendos e grandes fortunas.
Por fim, não nos levará a lugar nenhum uma política externa que
considera primeiro o interesse dos Estados Unidos. Estamos criando
guerras diplomáticas com alguns dos nossos principais parceiros
econômicos, para agradar aos interesses dos Estados Unidos. Temos que
defender nosso país. Trump e os americanos que defendam os Estados
Unidos. Ou seja, necessitamos de uma política externa sem extremismos
ideológicos e que seja compatível com a soberania nacional.
São posições que tenho sustentando em defesa do Brasil e dos
brasileiros. E que temos exercido aqui no Maranhão. Por isso, seguimos
inaugurando escolas, distribuindo livros e oportunidades de
conhecimento, bem como tendo um dos melhores desempenhos na geração de
empregos, conforme dados do Ministério da Economia.
Queremos paz, empregos e livros. Para todos. Queremos um Brasil de todos nós.
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