Foi
transferido nesta quarta-feira (14) para a Unidade Prisional de Santa
Inês, o vereador do município de Bom Jardim, Antônio Cesarino (PROS) que
foi preso por suspeita de atrapalhar as investigações relativas a
um processo que apura o desvio de R$ 108 mil reais dos cofres da Câmara
de Vereadores do município.
A
prisão de Cesarino foi realizada por conta de um pedido do Ministério
Público do Maranhão (MPMA) que investiga as irregularidades nos cofres
públicos de Bom Jardim, município localizado a 275 km de São Luís. De
acordo com o MP, o vereador e sua esposa, Ana Lídia Cesarino, teriam
desviado R$ 108 mil em 2012. Na época, Ana Lídia era presidente da
Câmara de Vereadores.
O
pedido de prisão preventiva do político havia sido solicitada desde a
semana passada pelo Promotor de Justiça, Fábio Oliveira Santos, mas
havia sido negado. Também foi solicitada a prisão de Ana Lídia, mas a
Justiça decretou somente a de Cesarino. Para ela, foram impostas medidas
cautelares como não se ausentar da cidade e não se aproximar de alguns
prédios públicos.
Cesarino
passou a noite na Delegacia de Bom Jardim, foi transferido para a
regional de Santa Inês e em seguida, para a Unidade Prisional do
município. Segundo o MP, ele já estava sendo monitorado por meio do uso
de uma tornozeleira eletrônica desde a semana passada.
“Nós
pedimos a prisão dele tanto para a garantia da ordem pública quanto
para a conveniência da instituição criminal, haja vista que desde o
primeiro momento ele já tentou assediar testemunhas e inclusive, no
próprio Ministério Público. Ele teve a coragem de tentar intimidar uma
testemunha do MP dentro da nossa Promotoria”, disse o promotor.
As investigações
O MP recebeu denúncias de que os dois também estavam falsificando,
coagindo e aliciando funcionários e ex-funcionários da Câmara de Bom
Jardim, para que assinassem recibos confirmando que receberam dinheiro
da casa. Juntos, a quantia dos recibos pode chegar a R$ 100 mil reais, o
que segundo o MP, explicaria o desaparecimento do dinheiro público.
“Inclusive
um ex-servidor que mora no Mato Grosso mandou por WhatsApp um recibo
datado de dezembro de 2014, pedindo que ele assinasse aquele recibo. Ele
[o servidor] ficou espantado porque nem mesmo tinha recebido o valor e o
vereador tendo a cara de pau de mandar um recibo ideologicamente falso
para ele assinar”, explicou o promotor de Justiça, Fábio Santos
Oliveira.
G1 MA
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