15 agosto, 2019

Após prisão, vereador Antônio Cesarino é transferido para presídio em Santa Inês


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Foi transferido nesta quarta-feira (14) para a Unidade Prisional de Santa Inês, o vereador do município de Bom Jardim, Antônio Cesarino (PROS) que foi preso por suspeita de atrapalhar as investigações relativas a um processo que apura o desvio de R$ 108 mil reais dos cofres da Câmara de Vereadores do município.

A prisão de Cesarino foi realizada por conta de um pedido do Ministério Público do Maranhão (MPMA) que investiga as irregularidades nos cofres públicos de Bom Jardim, município localizado a 275 km de São Luís. De acordo com o MP, o vereador e sua esposa, Ana Lídia Cesarino, teriam desviado R$ 108 mil em 2012. Na época, Ana Lídia era presidente da Câmara de Vereadores.

O pedido de prisão preventiva do político havia sido solicitada desde a semana passada pelo Promotor de Justiça, Fábio Oliveira Santos, mas havia sido negado. Também foi solicitada a prisão de Ana Lídia, mas a Justiça decretou somente a de Cesarino. Para ela, foram impostas medidas cautelares como não se ausentar da cidade e não se aproximar de alguns prédios públicos.

Cesarino passou a noite na Delegacia de Bom Jardim, foi transferido para a regional de Santa Inês e em seguida, para a Unidade Prisional do município. Segundo o MP, ele já estava sendo monitorado por meio do uso de uma tornozeleira eletrônica desde a semana passada.

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“Nós pedimos a prisão dele tanto para a garantia da ordem pública quanto para a conveniência da instituição criminal, haja vista que desde o primeiro momento ele já tentou assediar testemunhas e inclusive, no próprio Ministério Público. Ele teve a coragem de tentar intimidar uma testemunha do MP dentro da nossa Promotoria”, disse o promotor.

As investigações

O MP recebeu denúncias de que os dois também estavam falsificando, coagindo e aliciando funcionários e ex-funcionários da Câmara de Bom Jardim, para que assinassem recibos confirmando que receberam dinheiro da casa. Juntos, a quantia dos recibos pode chegar a R$ 100 mil reais, o que segundo o MP, explicaria o desaparecimento do dinheiro público.

“Inclusive um ex-servidor que mora no Mato Grosso mandou por WhatsApp um recibo datado de dezembro de 2014, pedindo que ele assinasse aquele recibo. Ele [o servidor] ficou espantado porque nem mesmo tinha recebido o valor e o vereador tendo a cara de pau de mandar um recibo ideologicamente falso para ele assinar”, explicou o promotor de Justiça, Fábio Santos Oliveira.

G1 MA

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