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Flávio Dino e a menina Isadora Lima (de vermelho). (Foto: Gilson Teixeira) |
“Acabou o sofrimento, chegamos ao fim dessa luta. Daqui para a frente
é só alegria”. As palavras de alívio são do lavrador Raimundo Nonato de
Freitas Lima, do município de São Bernardo, que na última segunda-feira
(23) viu a filha Isadora Lima, de quatro anos, enxergar com perfeição
pela primeira vez.
Ainda bebê, Isadora foi diagnosticada com catarata congênita, doença
que, se não tratada ainda na primeira infância, pode levar à cegueira
total. “A gente descobriu quando ela tinha um ano e três meses. Uma
moeda caiu e ela ficou passando a mão no chão para encontrar. Aquilo
partiu meu coração. Levamos ao médico e ele constatou. Nos avisou que
precisávamos tratar o mais rápido possível, porque a cegueira aumentaria
com a idade. Ela iria perder a visão completa e cirurgia nenhuma
resolveria”, contou.
A família de Isadora iniciou uma campanha no município, a fim de
reunir verba para o tratamento, mas encontrou empecilhos. “Ela sempre me
dizia: ‘pai, eu quero tanto enxergar para pintar meus desenhos e não
borrar’. A nossa situação é muito precária, não tínhamos condições de
cuidar dela. Iniciamos uma campanha e muita gente achava que usávamos o
dinheiro para comer. Passamos dificuldades, mas nunca usaria minha filha
para isso”, sustentou.
A situação de Isadora começou a mudar em novembro de 2017. Durante
uma agenda em São Bernardo, Raimundo Lima abordou o governador Flávio
Dino e dividiu o drama que passava com a filha. “O governador abraçou
ela e me disse: ‘pai, vou mandar buscar a Isadora e vamos cuidar dela’.
Isadora operou e já enxerga. O governador foi a luz dos olhos da minha
filha”, comemorou.
Segundo o secretário de Saúde, Carlos Lula, Isadora foi encaminhada
para tratamento assim que a pasta teve conhecimento da situação: “Apesar
de ser muito criticado, existe um SUS que dá certo. E a gente tem esse
retrato todos os dias aqui na saúde do Maranhão. O caso da Isadora
felizmente é um desses exemplos”.
“Por um problema histórico, os pais não conseguiram ter acesso ao que
a gente tem de ótimo, de excelente, que é o programa de oftalmologia do
Hospital Universitário. Quando tivemos conhecimento do caso da Isadora,
a Secretaria de Saúde encaminhou para o procedimento normal e regular
do hospital. Tínhamos certeza que a Isadora ia fazer a cirurgia e se
curar”, acrescentou.
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Flávio Dino e a família da menina Isadora Lima. (Foto: Gilson Teixeira) |
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